Ex-agente penitenciário é preso preventivamente por feminicídio em Minas Gerais — caso choca região
Ex-policial penal preso por feminicídio em Minas Gerais

Era uma terça-feira comum em Minas Gerais até que o telefone da delegacia tocou com uma das ligações mais macabras do mês. Do outro lado da linha, um silêncio pesado — depois, gritos. O que se seguiu foi uma cena digna de filme de terror, mas infelizmente real: um ex-policial penal, já afastado, acabara de assassinar a própria namorada a facadas.

Segundo testemunhas — e aqui a gente se pergunta: como ninguém interveio antes? — o casal discutia alto há pelo menos meia hora. Ele, de 32 anos, com histórico de agressividade; ela, 28, sempre descrita como "alma gentil" pelos vizinhos. Ninguém imaginava que a briga terminaria com 15 perfurações no corpo da vítima.

O que a polícia descobriu

Os peritos chegaram a cuspir os números: 15 facadas. Quinze. Algumas tão profundas que atravessaram órgãos vitais. O sujeito — porque homem, depois disso, difícil chamar — fugiu como rato, mas foi pego horas depois, escondido na casa de um primo. Dizem que chorava. Chorar agora? Sério?

O delegado responsável, um cara que já viu de tudo em 20 anos de carreira, confessou estar especialmente revoltado: "Isso aqui não é crime passional, é execução. E o pior? Ele usava o treinamento profissional pra saber onde golpear".

Justiça age rápido (para variar)

Em decisão rara — porque normalmente esses processos arrastam-se por anos —, a Justiça mineira decretou prisão preventiva em menos de 48 horas. O juiz não só citou risco à sociedade como destacou: "Réu demonstra padrão de violência crescente". Traduzindo: se solto, poderia fazer de novo.

Ah, detalhe que não pode faltar: o acusado já respondia por outro processo de ameaça contra a mesma vítima. Aquela velha história que a gente lê todo dia e pergunta: cadê a proteção pra essas mulheres?

Enquanto isso, na cidade, velas e fotos na porta do prédio onde ela vivia. Uma vizinha, dona de um boteco próximo, resumiu o clima: "Todo mundo sabia que ele era ruim da cabeça. Mas ninguém fez nada. Agora a gente carrega isso na consciência".