Casos chocante de abuso sexual abala comunidade no Amazonas
Um casal foi preso nesta segunda-feira (10) em Presidente Figueiredo, no interior do Amazonas, acusado de crimes graves contra uma adolescente de 14 anos. O padrasto de 47 anos e a mãe biológica de 42 anos são suspeitos de estupro e favorecimento à prostituição da jovem.
Detalhes do crime revoltante
De acordo com a Polícia Civil do Amazonas, o crime ocorreu no dia 10 de agosto deste ano, quando o padrasto retornava de um balneário acompanhado da mãe da vítima. Conforme relatou a delegada Beatriz Andrade, titular da 37ª Delegacia Interativa de Polícia, o suspeito ofereceu R$ 1.000 para manter relações sexuais com a adolescente, proposta que foi prontamente recusada pela jovem.
"Ela negou de pronto e então ele forçou o ato. Tocou e praticou atos libidinosos. A adolescente conseguiu se desvencilhar e correu. No meio do caminho, ele ainda tentou interceptá-la e ofereceu dinheiro para que ela não contasse o que havia acontecido", detalhou a delegada em seu depoimento.
Negligência materna agrava situação
O caso se tornou ainda mais grave pela postura da mãe da vítima. Após o ocorrido, a adolescente procurou a mãe para relatar o abuso sofrido e a proposta de dinheiro feita pelo padrasto. No entanto, a mãe não acreditou no relato da filha e a expulsou de casa, demonstrando total negligência em proteger a própria filha.
Investigações revelaram que esta não seria a primeira vez que o padrasto tentava abusar sexualmente da adolescente. Há relatos de outras tentativas de abuso, inclusive contra a irmã da vítima principal. O comportamento do homem era considerado assediador há algum tempo.
Padrão de comportamento abusivo
De acordo com as investigações, o acusado mantinha um comportamento predatório constante contra as jovens da família. "Ele costumava observar as meninas enquanto tomavam banho, forçava a porta do banheiro. A adolescente também afirma que ele oferecia dinheiro para manter relações sexuais com amigas dela, também adolescentes e crianças", explicou a delegada Beatriz Andrade.
As prisões ocorreram na comunidade Vila de Balbina, no bairro Waimiri, após a vítima e sua irmã denunciarem o crime para a Guarda Civil municipal. O caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar, que atuou em conjunto com a Polícia Civil para assegurar a prisão dos envolvidos.
Atualmente, o padrasto e a mãe já estão à disposição da Justiça e responderão pelos crimes de estupro e favorecimento à prostituição. O caso chocou a comunidade local e levanta discussões importantes sobre a proteção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.