
Não é todo dia que a gente ouve uma história dessas — e olha que a gente já viu cada coisa. Na região metropolitana de Curitiba, um homem de 45 anos virou notícia por um motivo que mistura absurdo e desespero: ele manteve a própria mãe e uma filha adulta trancadas em casa por quase uma semana. E o pior? Tudo por causa de dívidas.
A polícia chegou ao local depois de denúncias anônimas — aquelas que a gente sempre torce para serem exagero, mas, infelizmente, não eram. Segundo os agentes, a casa parecia uma fortaleza: portas reforçadas, janelas bloqueadas e um clima que dava arrepios. "Parecia mais um filme de terror do que a vida real", comentou um dos PMs, sob condição de anonimato.
O álibi esfarrapado
Quando questionado, o suspeito não perdeu tempo: "Tava protegendo elas dos agiotas!". Sim, essa foi a defesa dele. Detalhe? Nenhuma ameaça concreta foi comprovada, e as vítimas — que mal conseguiam falar de tão assustadas — disseram que estavam ali contra a vontade. A mãe, de 68 anos, chegou a passar mal e precisou de atendimento médico.
O que mais choca nesse caso:
- A filha, de 25 anos, tentou fugir por uma janela e acabou machucada
- Comida era controlada como se fosse um "racionamento de guerra"
- Celulares foram confiscados — o clássico "isolamento total"
Crise financeira ou loucura?
Os vizinhos — aqueles que sempre sabem de tudo — contaram que a família vinha enfrentando problemas econômicos pesados. "O cara tava vendendo até o almoço pra comprar a janta", disparou um deles. Mas será que isso justifica transformar a casa numa prisão? A delegada responsável pelo caso foi direta: "Isso não é proteção, é crime. Ponto final."
Enquanto o suspeito responde pelo crime de cárcere privado (e pode pegar até 8 anos), as vítimas recebem apoio psicológico. E a gente fica aqui pensando: até onde a desesperança pode levar uma pessoa? Triste, mas verdade — às vezes o inferno não são os outros, é o descontrole que a gente mesmo cria.