
Uma história que corta o coração — daquelas que a gente lê e fica horas remoendo, tentando entender o que se passa na cabeça de alguns adultos. Em Santa Catarina, mais precisamente na região de Criciúma, um casal acabou preso preventivamente depois que um bebê de apenas oito meses chegou sem vida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
E não foi uma morte qualquer. A criança apresentava fraturas múltiplas e sinais claros — e aqui a palavra é essa mesmo, claros — de agressão física. A polícia não teve dúvidas: violência. Pura e simples.
Os detalhes que doem
A perícia não deixou margem para interpretações benevolentes. O laudo preliminar apontou fraturas cranianas, lesões internas e marcas pelo corpo — um verdadeiro festival de crueldade contra alguém que mal sabe segurar a própria cabeça. O pequeno foi levado à UPA pela própria mãe, mas já estava em estado irreversível.
E olha que coisa: a mulher, de 22 anos, e o companheiro, de 24, deram versões desconexas. Diziam que a criança tinha caído do sofá. Só que… caiu como, exatamente? Porque o quadro era muito mais grave do que um simples tombo doméstico — daqueles que todo pai e mãe sabe que podem acontecer, mas que raramente terminam assim.
A prisão veio rápido
Diante das evidências, a Justiça catarinense agiu rápido. Determinou a prisão preventiva dos dois, que agora respondem na cadeia — literalmente — pela suspeita de homicídio doloso. Ou seja: intencional. A defesa deles, como era de se esperar, já anunciou que vai recorrer.
Mas a pergunta que não quer calar: como alguém é capaz de machucar assim uma criança? Um ser totalmente dependente, frágil, que chora para se comunicar? É um daqueles casos que escancaram a urgência de olharmos mais para as famílias — vizinhos, parentes, amigos —, porque às vezes a violência acontece bem debaixo do nosso nariz.
O bebê, que sequer teve o nome divulgado, virou mais um número triste nas estatísticas de violência infantil no Brasil. E a gente fica aqui, pensando no que falhou. Na sociedade, nas redes de apoio, em tudo.