Professora é Exonerada Após Agredir Criança Autista em Sala de Aula — Caso Choca Santa Catarina
Professora exonerada por agredir criança autista em SC

Imagine a cena: uma sala de aula, supostamente um lugar de proteção e aprendizado, transformada num palco de pura intolerância. Foi exatamente o que aconteceu numa escola municipal de Itajaí, onde uma educadora — ironia das ironias — decidiu que a resposta para um aluno autista de oito anos era a força bruta.

O caso, que veio à tona nesta quarta-feira (21), é daqueles que deixam qualquer um com um nó no estômago. Segundo relatos, a professora não apenas perdeu a paciência, mas cruzou uma linha inaceitável: agarrou o menino com força, puxou seus braços e ainda tentou arrastá-lo pela mochila. Tudo isso na frente dos outros alunos, que ficaram provavelmente traumatizados com a cena.

A reação da direção da Escola Básica Aníbal César foi, pra variar, rápida. Assim que a família — obviamente desolada — formalizou a queixa, a máquina administrativa girou. A Secretaria Municipal de Educação não ficou de braços cruzados. A tal professora foi afastada na hora e, depois de um processo administrativo relâmpago, exonerada. Um alívio, mas que não apaga o ocorrido.

O que mais corta o coração nisso tudo? O menino, segundo a família, voltou pra casa com marcas roxas nos braços e um medo visível no olhar. A mãe, é claro, ficou destruída. "Meu filho já enfrenta desafios todos os dias, e ainda precisa lidar com isso na escola?", deve ter pensado. Uma situação que jamais deveria acontecer.

E Agora? O Que Diz a Lei?

Do ponto de vista legal, o caso não para por aí. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil. Agora, além do processo administrativo, a ex-professora pode responder criminalmente por lesão corporal. E olha, não vai ser fácil explicar essa para a justiça.

A prefeitura, por sua vez, emitiu uma nota cheia daquelas frases padrão: "repudia veementemente qualquer forma de violência" e "reafirma o compromisso com a inclusão". Tudo muito bonito no papel, mas a pergunta que fica é: será que faltou preparo? Falta de capacitação para lidar com crianças neurodivergentes? Algo a se pensar.

No fim das contas, casos como esse servem de alerta. Escolas precisam ser ambientes seguros, professores precisam de treinamento adequado — principalmente para a educação inclusiva — e as crianças, todas elas, merecem respeito. Que este episódio sirva, pelo menos, para evitar que outras famílias passem pelo mesmo.