Caso Chocante no Paraná: Professora e Auxiliar Denunciadas por Amarrar Criança Autista de 4 Anos em Sala de Aula
Professora denunciada por amarrar criança autista no PR

Imagine a cena: uma sala de aula, um lugar que deveria ser sinônimo de segurança e aprendizado, se transforma no palco de um ato de brutalidade inimaginável. No Paraná, essa não foi uma cena de filme, mas a realidade vivida por uma criança de apenas quatro anos. Uma professora e sua auxiliar, figuras que deveriam zelar pelo bem-estar, agora enfrentam a justiça.

Elas foram denunciadas pelo crime de tortura – e olha, a acusação é pesadíssima. O que fizeram? Amarraram a criança, uma menina do espectro autista, a uma cadeira usando um lençol. Acredita nisso? O caso, que veio à tona através de um vídeo que circulou nas redes sociais, está sendo investigado pela Delegacia de Apucarana.

A história, contada em detalhes pelo portal G1, é de cortar o coração. Tudo aconteceu numa escolinha privada de Apucarana, no norte do estado. A pequena, de quatro anos, foi imobilizada. O método? Cruel e simples: um lençol envolto around seu corpinho, amarrado à cadeira para – supostamente – conter sua agitação.

As Profissionais Envolvidas e a Reação Imediata

As denunciadas são uma professora de 44 anos e uma auxiliar de 23. Não deu outra. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pegou pesado e ofereceu denúncia contra as duas. A acusação formal é de tortura, prevista no artigo 1º da Lei 9.455/97. A defesa delas, como era de se esperar, já entrou com um pedido de suspensão do processo. Alegam que é a primeira vez que passam por algo do tipo e que... bom, tentam justificar o injustificável.

O estopim foi um vídeo. Um daqueles que a gente nunca quer ver. A mãe da criança, ao ser alertada por outra profissional da escola, ficou em choque. A filmagem chegou até ela e não teve dúvidas: foi direto à delegacia. A delegada Titina Medeiros, que está à frente do caso, foi enfática. Disse que a conduta das profissionais foi "absolutamente desmedida" e que a cena "revoltou a sociedade". Não é pra menos, né?

O Desdobramento Judicial e a Questão da Inclusão

O juiz da Vara da Infância e Juventude de Apucarana já determinou a quebra do sigilo telefônico das acusadas. A ideia é rastrear mensagens e descobrir o que realmente se passou naquele grupo de WhatsApp onde, suspeita-se, o caso foi discutido. Enquanto isso, a defesa tenta ganhar tempo com o tal pedido de suspensão, baseado na Lei 9.099/95.

O caso joga um holoforte brutal sobre um debate urgente: a inclusão de crianças autistas nas escolas. A falta de preparo, a ausência de capacitação... tudo isso culmina em situações absurdas como essa. Amarrar uma criança? Em pleno 2025? É um retrocesso que dói na alma. A escola emitiu uma nota repudiando o acontecido e afirmando que tomou "todas as providências cabíveis". Mas a pergunta que fica é: será que isso é suficiente para uma família que viu sua filha ser submetida a um trauma desses?

O caso segue sob investigação. A sociedade espera por justiça. E aquele velho ditado nunca pareceu tão atual: existem monstros reais, e às vezes eles se escondem atrás de giz e lousa.