A Polícia Civil de Limeira, no interior de São Paulo, abriu investigação contra um professor acusado de agredir fisicamente e ameaçar um aluno de 11 anos com transtorno do espectro autista (TEA). O caso ocorreu na última quinta-feira (6) em uma escola estadual localizada no Jardim Morro Azul.
Detalhes da agressão
De acordo com o relato da mãe da criança registrado em boletim de ocorrência, o estudante conversava com um colega de classe quando o professor se irritou e o pegou pelo pescoço. O educador ainda teria feito uma pergunta perturbadora ao menino: "Você tem medo de morrer?".
As agressões não deixaram marcas físicas visíveis no corpo da vítima, conforme consta no registro policial. A intervenção da vice-diretora e de um funcionário da escola foi necessária para conter a situação.
Histórico de violência
A mãe do estudante revelou que esta não foi a primeira vez que o professor agrediu seu filho. Em depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que no início deste ano o mesmo educador xingou o menino de "filho da p..." e também o agrediu fisicamente, mas na ocasião a ocorrência não foi registrada.
Na sexta-feira (7), um dia após o incidente, a responsável voltou à escola e recebeu confirmação por parte da diretora, vice-diretora e secretário da instituição de que as agressões realmente aconteceram.
Medidas tomadas
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que o professor foi afastado da unidade de ensino e que um procedimento administrativo foi instaurado pela Unidade Regional de Ensino (URE) de Limeira, que poderá resultar em sua exoneração.
Em nota oficial, a secretaria afirmou que a gestão escolar "repudia qualquer forma de violência, dentro ou fora do ambiente escolar" e que tomou conhecimento do caso imediatamente, acolhendo o estudante. Os responsáveis pelo aluno foram convocados para tomarem ciência das medidas pedagógicas e disciplinares adotadas.
Um profissional do programa Psicólogos nas Escolas fará acompanhamento do estudante envolvido no caso. A equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) também acompanha o ocorrido e intensificará as ações de conscientização sobre a cultura de paz na unidade.
O caso foi registrado no 2º Distrito Policial de Limeira como ameaça e contravenções penais - vias de fato. A investigação segue em andamento para apurar todos os detalhes do ocorrido.