
Uma situação que deixa qualquer um com os cabelos em pé – e não é exagero. No interior do Amazonas, mais precisamente em Itacoatiara, um professor da rede municipal teve o afastamento decretado após ser alvo de denúncias gravíssimas. A acusação? Importunação sexual e abuso sexual contra nada menos que vinte e duas alunas.
Parece inacreditável, mas é a mais pura realidade. As vítimas, garotas com idades entre 11 e 15 anos, tiveram a coragem de relatar os supostos abusos, que teriam acontecido dentro do ambiente que deveria ser um dos mais seguros: a escola.
O caso veio à tona e a Secretaria Municipal de Educação (Semed) de Itacoatiara agiu rápido, pelo menos é o que dizem. O professor foi afastado preventivamente. A justificativa oficial? "Para não atrapalhar as investigações", claro. A Polícia Civil já abriu um inquérito para apurar toda a história.
O Silêncio que Fala Alto
Aqui é onde a coisa fica ainda mais complicada. A Semed, em uma daquelas manobras clássicas, se recusou a comentar o caso. Sim, você leu direito. A pasta responsável pela educação na cidade simplesmente lavou as mãos e não quis dar detalhes sobre o andamento do processo administrativo disciplinar contra o educador. Conveniente, não?
O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) também entrou na jogada. Eles confirmaram que o caso é mesmo grave e que as investigações estão rolando a todo vapor. A 60ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Itacoatiara é quem segura as pontas agora, tentando separar o joio do trigo nesse triste episódio.
Um Aviso à Sociedade
O que mais assusta nisso tudo – além do óbvio – é o padrão. Quantos casos assim já não vimos por aí? Um adulto, em posição de confiança e autoridade, abusando dessa mesma autoridade para cometer crimes hediondos. E as vítimas, crianças e adolescentes, carregando um fardo que nenhum ser humano deveria carregar.
É de cortar o coração imaginar o que se passa na cabeça dessas famílias. A sensação de traição deve ser avassaladora. A escola, que era para ser um porto seguro, se transformou em um lugar de medo e trauma.
Enquanto a justiça não é feita – e tomara que seja, com toda a rigência da lei – fica aquele gosto amargo na boca. Até quando precisaremos ler notícias como estas? A esperança é que casos assim sirvam de alerta para que outras vítimas não se calem. Que a coragem dessas 22 meninas ecoe por aí.