
Parece que alguns estabelecimentos simplesmente não aprendem. Nem mesmo quando a justiça bate à porta. Dessa vez, o alvo foi um lar para idosos em Juiz de Fora que, pasmem, acabou de ser fechado pela segunda vez em menos de sete dias. Sim, você leu direito: menos de uma semana.
O delegado Felipe Laporte, da Delegacia de Proteção ao Idoso, não conseguiu disfarçar a revolta ao descrever a cena que encontrou. "Frutas completamente estragadas, alimentos com data de validade vencida há muito tempo e um cheiro forte de urina que impregnava o ambiente", relatou, com aquele tom de quem já viu muita coisa, mas ainda se surpreende com o descaso.
Uma história que se repete
A primeira interdição aconteceu na última sexta-feira, mas o lugar voltou a funcionar como se nada tivesse acontecido. Até que nesta quarta-feira (20), uma nova operação fez o estabelecimento ser fechado novamente. Dessa vez, de forma definitiva? Torcemos para que sim.
Os idosos que estavam no local foram transferidos para outros abrigos ou devolvidos às famílias. Imagine o estresse para essas pessoas que já estão em situação de vulnerabilidade. É de cortar o coração.
O que mais foi encontrado?
Além das condições óbvias de insalubridade:
- Medicamentos sendo administrados por pessoas não autorizadas
- Falta completa de higiene nos quartos e áreas comuns
- Ausência de profissionais qualificados para o cuidado dos idosos
- Documentação irregular sobre o estado de saúde dos residentes
O pior de tudo? A proprietária do local, uma senhora de 73 anos, alega que "não tinha condições financeiras" de manter o estabelecimento. Compreensível, até certo ponto. Mas daí a deixar idosos em condições subumanas? Desculpe, mas não cola.
O caso agora está nas mãos da Justiça. A defensoria pública já foi acionada e investigações estão em andamento. Resta saber se dessa vez as consequências serão mais severas.
Enquanto isso, fica aquela pergunta incômoda: quantos outros lugares assim existem por aí, funcionando às escuras, longe dos olhos da fiscalização? É para fazer a gente pensar, não é mesmo?