
A coisa começou de forma quase rotineira, sabe como é? Uma investigação que parecia mais uma entre tantas. Mas o que a Polícia Civil do Amapá descobriu na quinta-feira, dia 3, é daquelas coisas que a gente até reluta em acreditar.
Um jovem de apenas 19 anos — praticamente um menino ainda — preso com imagens que mostravam uma criança de um ano em situações que nem quero descrever. O estômago embrulha só de pensar.
A operação aconteceu na região do Centro de Macapá, por volta das 15h. Horário de movimento, gente indo e vindo, vida normal seguindo seu curso. Enquanto isso, numa dessas ruas movimentadas, os policiais cumpriam o mandado de busca e apreensão.
O que encontraram
E não foi pouco. Nos dispositivos do suspeito, uma coleção sinistra: arquivos de pornografia infantil que incluíam aquele bebê de um ano. A delegada Nátaly Bemerguy, que coordena a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos, não disfarçou a revolta.
"São cenas que marcam", disse ela, com aquela voz pesada de quem já viu coisas demais. "E o pior: ele não apenas guardava esse material como também distribuía por aí."
Pensa só na crueldade. Uma criança que mal aprendeu a andar, virando objeto de perversão. É de cair o queixo, literalmente.
Como descobriram
O interessante — se é que podemos usar essa palavra — é que a investigação começou por denúncias anônimas. Gente comum, como você e eu, que resolveu não ficar calada. O trabalho dos investigadores foi rastreando os passos digitais até chegar ao jovem.
E olha que ele não era nenhum expert em tecnologia. Cometia erros básicos, deixava rastros como migalhas pelo caminho. A arrogância dos inexperientes, né?
O que me faz pensar: quantos outros por aí se acham impunes atrás de uma tela?
E agora?
O rapaz foi levado para a delegacia e vai responder por posse e divulgação de pornografia infantil. A pena? Pode chegar a oito anos de cadeia. Mas convenhamos: nenhum tempo parece suficiente para um crime desses.
Enquanto isso, a polícia segue investigando. Afinal, uma pergunta fica no ar: será que ele agia sozinho ou fazia parte de alguma rede maior?
O caso serve de alerta — e de desespero, confesso. Num mundo cada vez mais digital, como proteger nossas crianças desses perigos que se escondem atrás de clicks e telas?
Uma coisa é certa: a operação de ontem não é o fim, mas apenas o começo de uma limpeza necessária. E torço — realmente torço — para que mais denúncias apareçam. Porque silêncio, nesses casos, é cumplicidade.