Itajaí Instala Botão do Pânico em Postos de Saúde Após Onda de Violência Contra Médicos
Itajaí terá botão do pânico em postos de saúde após agressões

Imagine trabalhar salvando vidas e precisar de proteção contra quem você deveria estar ajudando? Pois é exatamente essa a realidade absurda que os profissionais de saúde de Itajaí enfrentam. Quatro casos de agressão em pouco tempo – quatro! – fizeram a prefeitura tomar uma atitude drástica.

Não dá mais pra ficar de braços cruzados, não é mesmo? A partir de agora, as unidades de saúde da cidade vão contar com botões do pânico espalhados pelos corredores e consultórios. Uma medida triste, mas necessária.

O estopim que ninguém aguentava mais

A última agressão, ocorrida na UPA do bairro Cordeiros, foi a gota d'água. Um paciente, claramente fora de si, partiu para a violência contra uma médica que tentava apenas fazer seu trabalho. Três outros casos similares haviam acontecido recentemente – uma escalada de violência que deixou todo mundo com os nervos à flor da pele.

O prefeito Volnei Morastoni foi direto ao ponto: "Não podemos aceitar que nossos profissionais trabalhem com medo. A saúde já é uma área tão desgastante, tão exigente... Agora ter que se preocupar com segurança? Inadmissível."

Como vai funcionar na prática?

Os botões não são aqueles simples, viu? A tecnologia vem a favor da segurança:

  • Dispositivos discretos espalhados por pontos estratégicos das unidades
  • Acionamento silencioso que não alerta o agressor
  • Alerta imediato para a Guarda Municipal e Polícia Militar
  • Localização precisa do profissional em perigo

E olha que interessante: a implementação vai ser rápida. Em até 60 dias, a promessa é que todo o sistema esteja funcionando. Algo raro de se ver na máquina pública, que normalmente anda a passos de tartaruga.

E os profissionais, o que acham?

Conversando com alguns médicos que preferiram não se identificar (medo, né?), a sensação é de alívio misturado com tristeza. Alívio por finalmente terem algum mecanismo de proteção. Tristeza por precisarem disso.

"A gente já vive sob pressão constante, salvando vidas, tomando decisões difíceis... Agora ter que ficar olhando por cima do ombro?", desabafa um cirurgião com mais de 20 anos de profissão. "Mas melhor prevenir do que remediar, ainda mais quando o 'remediar' pode ser tarde demais."

Não é exagero. Não é alarmismo. É a pura realidade de quem dedica a vida a cuidar dos outros e agora precisa se preocupar com a própria segurança.

Itajaí dá um passo importante – ainda que tardio – na proteção de seus profissionais de saúde. Resta torcer para que outras cidades sigam o exemplo antes que precisem de seus próprios botões do pânico.