
É de cortar o coração. Uma cena que parece saída de um filme de terror — mas é a pura realidade brasiliense. Na madrugada desta quarta-feira (21), por volta das 3h30, a Asa Norte, um dos endereços mais nobres do Distrito Federal, foi palco de uma brutalidade que chocou até os mais endurecidos.
Um indivíduo — que pra mim parece mais um covarde do que homem — desce de um carro escuro, já com uma arma na mão. A vítima? Um morador de rua, completamente indefeso, que repousava sobre uma marquise. O que se vê depois é de revirar o estômago.
Primeiro, o barulho seco do disparo. Não contra a vítima, não. Ele atira no chão, bem ao lado do homem. Um aviso? Uma intimidação? Parece pura maldade mesmo. Mas não para por aí.
Enquanto a vítima, em pânico, tenta se afastar rastejando, o agressor se aproxima e desfere não um, mas dois chutes contra ela. A frieza é assustadora. Ele volta para o carro como se nada tivesse acontecido — como se tivesse apenas estacionado o veículo.
O silêncio depois da tormenta
E depois? Silêncio. O carro vai embora. A vítima, milagrosamente, consegue se levantar e sair andando pelo local. Que alívio, né? Mas a sensação que fica é de nojo. Uma impotência diante de tanta crueldade gratuita.
O caso foi registrado no BO da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) como "lesão corporal e disparo de arma de fogo". A Polícia Civil já iniciou as investigações e trabalha para identificar o autor — que, espero, seja encontrado rapidamente.
Não é isolado, é sintoma
Olha, isso aqui não é um caso isolado, não. É o retrato de uma doença social que a gente teima em ignorar. A violência contra a população em situação de rua cresce de forma assustadora no DF e no Brasil todo. São pessoas invisíveis até na hora da agressão.
Enquanto isso, a gente segue na correria do dia a dia, passando por cima de histórias como essa. Até quando?