Imagine só: uma blitz de trânsito de rotina, daquelas que a gente sempre torce para não cair, transformada no palco de uma captura cinematográfica. Pois é exatamente o que aconteceu na noite desta quinta-feira (22), na Zona Norte do Rio.
A Operação Lei Seca — sim, aquela mesma que pega motorista alcoolizado — acabou prendendo um peixe muito, muito maior. Não era um simples infrator de trânsito. Era um homem de 38 anos, condenado a nada menos que 14 anos de cadeia por crimes horrorosos de pedofilia, e que vivia foragido da justiça como se fosse um fantasma.
Os PMs, com aquele faro apurado que só quem está na rua todo dia tem, desconfiaram do comportamento nervoso do motorista. Não era só o medo de ser pego com uma cervejinha a mais, não. Havia algo mais. Algo pesado. Uma checagem rápida no sistema revelou a bomba: ele estava com um mandado de prisão em aberto, emitido pela comarca de Itaguaí, lá na Baixada Fluminense.
O crime? Violência sexual contra uma criança. A condenação, já definitiva, era de 14 longos anos. Quatorze. E ele, tranquilamente, tentando passar por uma blitz como se não fosse nada.
O que mais ele escondia?
E não parou por aí. Durante a revista, os policiais encontraram com o indivíduo — pasmem — 11 celulares. Onze! O que um homem condenado por pedofilia faria com tantos aparelhos? A pergunta que não quer calar e que, francamente, gelou a espinha de todo mundo no local.
Ele foi levado para a 26ª DP (Barra da Tijuca) e, de lá, recambiado direto para o sistema prisional. Fim da linha para um criminoso perigoso que achou que podia se esconder no fluxo do trânsito carioca.
Essa história serve como um daqules alertas: a justiça pode até demorar, mas uma hora ela chega. E chega dos jeitos mais inesperados possíveis. Quem diria que uma operação de trânsito traria um predador sexual de volta para trás das grades?
O Rio dorme um pouco mais seguro tonight.
