Alerta Global: Faixa de Gaza atinge nível catastrófico de fome comparável às piores crises africanas
Fome em Gaza atinge nível catastrófico similar à África

É quase impossível descrever em palavras o que os números revelam. Um daqueles relatórios que você lê e precisa respirar fundo antes de continuar. A Autoridade Global de Segurança Alimentar — o IPC — acaba de confirmar o que muitas organizações já temiam: a Faixa de Gaza vive oficialmente uma situação de fome generalizada.

E não é qualquer fome. Estamos falando de níveis comparáveis — pasmem — às piores crises que assolam o continente africano. Aquele tipo de cenário que a gente vê em documentários e mal consegue acreditar que é real.

Os números que doem

Segundo a análise minuciosa do IPC, baseada em metodologias que são referência mundial, a situação nutricional na região atingiu patamares críticos. Crianças desnutridas, famílias inteiras sem acesso a alimentos básicos, um sistema de saúde colapsado que não dá conta da demanda.

É como se toda a estrutura que mantém uma sociedade funcionando simplesmente tivesse desmoronado. E o pior? A tendência é de piora.

Um retrato da desesperança

Quem trabalha com ajuda humanitária sabe — quando o IPC classifica uma área como em situação de fome, é porque o buraco é fundo. São cinco fases de classificação, e Gaza atingiu o nível mais severo. A fase 5. Aquela onde as pessoas já não têm mais o que comer. Onde mães deixam de alimentar seus filhos para que os mais velhos possam ter alguma chance.

E pensar que isso acontece em pleno 2025. Num mundo que produz comida suficiente para alimentar toda a população global.

Comparações que chocam

O que mais assusta os especialistas — e aqui eu confesso que precisei reler os dados várias vezes para acreditar — é que os índices de desnutrição aguda em Gaza agora se equiparam aos de países como Somália e Sudão do Sul em seus piores momentos. Lugares onde a fome é uma velha conhecida da população.

Mas Gaza não é a África Subsaariana. É um território densamente povoado, com acesso limitado sim, mas que antes conseguia manter uma certa estabilidade alimentar. Ou pelo menos não níveis catastróficos.

O que significa na prática?

Vamos além dos números, porque estatísticas não transmitem a dor real. Significa que:

  • Três em cada dez crianças com menos de cinco anos estão severamente desnutridas
  • Famílias passam dias inteiros sem uma refeição decente
  • Pais vendem o pouco que têm para comprar comida a preços absurdos
  • O desespero é tão grande que pessoas comem folhas e raízes para enganar a fome

É desumano. É inacreditável. É 2025, repito, e estamos presenciando isso.

E agora?

A confirmação oficial do IPC deveria ser um grito de alerta para a comunidade internacional. Um sinal vermelho que exige ação imediata e coordenada. Mas sabe como é — relatórios são publicados, números circulam nas redes, e a vida segue para a maioria de nós.

Enquanto isso, em Gaza, a fome não espera. Ela avança silenciosa, corroendo o presente e roubando o futuro de uma geração inteira.

Talvez a única pergunta que importe agora seja: vamos continuar assistindo ou finalmente fazer algo para mudar essa realidade?