
A notícia chegou como um soco no estômago para toda a comunidade do bairro Frei Damião, em Juazeiro do Norte. Miguel, apenas sete anos de vida, foi encontrado sem vida na última quinta-feira — mas o pior ainda estava por vir.
O laudo pericial, concluído neste domingo (6), revela detalhes que beiram o inacreditável. A criança não apenas foi assassinada: foi submetida a sessões de tortura antes de morrer. Os peritos encontraram múltiplas lesões por todo o corpo, algumas delas claramente infligidas enquanto o menino ainda estava vivo.
Os detalhes que doem na alma
Segundo as investigações — e isso é difícil de escrever — as marcas no pequeno corpo contam uma história de sofrimento prolongado. Hematomas, cortes e outros sinais de violência que nenhuma criança deveria conhecer. O laudo não deixa margem para dúvidas: houve intenção de causar dor, e muita.
"Quando você vê uma cena dessas, algo dentro de você se quebra", comentou um dos investigadores que preferiu não se identificar. "A gente pensa nos próprios filhos, nos sobrinhos... É de cortar o coração."
Como tudo aconteceu
A tragédia começou a se desenhar na quinta-feira (3), quando Miguel foi dado como desaparecido. A família, em desespero, procurou a polícia. Horas depois, o pior se confirmou: seu corpo foi encontrado em um terreno baldio próximo à Rua São José.
O que parecia ser inicialmente um desaparecimento comum rapidamente se transformou em caso de homicídio. E agora, com o laudo nas mãos, em algo ainda mais monstruoso.
A investigação avança
A Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa Vulnerável assumiu o caso e trabalha contra o relógio. Testemunhas estão sendo ouvidas, imagens de câmeras de segurança analisadas — tudo para encontrar quem cometeu tamanha barbaridade.
Enquanto isso, a comunidade do Frei Damião tenta entender o incompreensível. Vizinhos se reúnem, conversam baixo, olham para as crianças brincando com um misto de alívio e medo. Como algo assim pode acontecer tão perto de casa?
O caso de Miguel já mobiliza as redes sociais e organismos de defesa dos direitos da criança. A pergunta que todos fazem é a mesma: até quando?