
Um vídeo que circula nas redes sociais está causando verdadeiro frisson em Sertãozinho – e não é pra menos. As imagens, que beiram o inconcebível, mostram uma criança, que mal deve ter completado sete anos, pilotando uma mini moto com uma destreza que, convenhamos, assusta mais que impressiona.
Não se trata de um quintal ou área privada. O cenário é ninguém mais, ninguém menos que as ruas da cidade, com todo o risco que isso implica. O que deveria ser uma cena de inocência infantil transforma-se num retrato perigoso de negligência.
As Imagens que Chocaram
O perfil @osmundao, que parece ter um apetite voraz por conteúdo viral – independente do custo –, postou o material. A criança, usando capacete (um ponto positivo, ainda que insuficiente), manobra o pequeno veículo como se estivesse numa pista profissional, não no asfalto onde carros transitam.
É de gelar o sangue. Cada curva, cada aceleração… você fica ali, na expectativa de que algo terrível aconteça. E o pior? Alguém estava filmando. Alguém achou que tudo aquilo era uma boa ideia.
O Que Diz a Lei
A Polícia Civil já foi acionada e o caso está sendo tratado com a seriedade que merece. O delegado Fabrício Gobbo, da Delegacia de Crimes Eletrônicos, deixou claro: isso vai muito além de uma simples brincadeira de mau gosto.
Estamos falando de um possível crime de exposição de vida e saúde alheia a perigo, previsto no artigo 132 do Código Penal. A multa? Pode chegar a R$ 5 mil. Mas, francamente, o valor é o de menos. O que está em jogo aqui é a integridade de uma vida.
Um Alerta que Vale para Todos
Este caso específico é em Sertãozinho, mas poderia ser em qualquer lugar. É um lembrete brutal de como a ânsia por likes e visualizações pode cegar até o mais básico dos instintos: o de proteção.
Os veículos de pequeno porte, como mini motos e quadriciclos, não são brinquedos. São máquinas que, nas mãos erradas – ou imaturas –, tornam-se armas potenciais. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é categórico: a condução exige habilitação, algo obviamente impossível para uma criança.
Enquanto as investigações correm para identificar os responsáveis por esta irresponsabilidade, uma pergunta fica no ar: até onde vamos para alimentar os algoritmos?