Um vídeo que circula nas redes sociais está causando indignação em Alagoas. As imagens mostram o momento em que uma terapeuta ocupacional agride uma criança autista durante sessão em uma clínica especializada em Maceió.
Nas gravações, é possível ver a profissional puxando os cabelos da menina de forma violenta, enquanto a criança demonstra claro desconforto com a situação. O caso aconteceu na última semana e já está sendo investigado pelas autoridades.
Reação imediata da clínica
Diante das evidências, a clínica onde ocorreram os fatos se pronunciou rapidamente. Em nota oficial, a instituição informou que a terapeuta ocupacional foi demitida por justa causa imediatamente após a descoberta do caso.
"Repudiamos veementemente qualquer tipo de violência contra nossos pacientes. A profissional já foi afastada e estamos prestando todo o suporte necessário à família", afirmou a direção do estabelecimento.
Busca por justiça
A família da criança autista não mede esforços para que a responsável pelas agressões seja punida. Eles registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Alagoas.
"Estamos profundamente chocados e tristes. Confiamos nossa filha a profissionais que deveriam cuidar e ajudar no seu desenvolvimento, não machucá-la", desabafou um familiar, que preferiu não se identificar.
Impacto nas redes sociais
O vídeo da agressão viralizou rapidamente, gerando uma onda de protestos nas plataformas digitais. Usuários exigem justiça e maior fiscalização nos estabelecimentos que atendem pessoas com deficiência.
Muitos pais de crianças autistas se manifestaram, compartilhando suas próprias experiências e preocupações com a qualidade do atendimento especializado no estado.
O que diz a lei
Especialistas em direitos da pessoa com deficiência lembram que casos como este podem ser enquadrados no Estatuto da Pessoa com Deficiência, além de configurarem maus-tratos e violência contra vulnerável.
A terapeuta ocupacional envolvida no caso pode responder criminalmente pelos seus atos, podendo enfrentar desde processo ético-profissional até ação penal.
O caso segue sob investigação da polícia alagoana, enquanto a família e a sociedade aguardam por justiça e por medidas que evitem que situações similares se repitam.