
A noite em Juiz de Fora não tem sido tranquila para quem vive à mercê da sorte. Uma série de ataques covardes — sim, covardes mesmo — contra pessoas em situação de rua está tirando o sono não só das autoridades, mas de qualquer um com um pingo de humanidade.
A coisa ficou séria mesmo na última quarta-feira, por volta das 23h. Um homem, cuja identidade ainda não foi revelada, foi atingido por um disparo de arma de fogo bem na cabeça. O crime aconteceu na Rua Batista de Oliveira, no Centro, e olha que o caso só não terminou em tragédia maior porque a vítima teve o que podemos chamar de sorte azarada — sobreviveu, mas com ferimentos gravíssimos.
Segundo testemunhas — essas pessoas corajosas que ainda se dispõem a falar — o agressor chegou de moto. Sim, aquela cena clássica que virou pesadelo urbano: dois homens numa moto, um pilota, o outro atira. E depois somem na escuridão como se nada tivesse acontecido.
Não foi um caso isolado
O que mais assusta é que esse ataque faz parte de um padrão sinistro. Na mesma noite, outras duas agressões foram registradas contra pessoas em situação de rua. Parece que alguém resolveu fazer da cidade um campo de caça — e isso é simplesmente revoltante.
Os militares estão correndo contra o tempo. Eles já identificaram pelo menos três episódios distintos, todos seguindo a mesma metodologia cruel. A delegacia especializada já assumiu o caso, e os investigadores estão vasculhando cada centímetro da região atrás de pistas.
O que se sabe até agora?
- A vítima do tiro na cabeça foi socorrida às pressas e segue hospitalizada — seu estado é considerado grave, mas estável
- As outras duas agressões ocorreram em pontos diferentes do Centro, indicando que os criminosos estão circulando pela área
- O modus operandi é similar em todos os casos: aproximação rápida, violência gratuita e fuga imediata
- A polícia trabalha com a possibilidade de que os ataques possam estar relacionados — talvez a mesma quadrilha, quem sabe?
O que me deixa perplexo é a frieza. Atacar quem já está na pior situação possível — isso vai além da criminalidade comum, cheira a algo mais doentio. E a pergunta que não quer calar: será que isso é parte de algo maior? Limpeza social? Ódio puro e simples?
Enquanto isso, as ruas do Centro — que já não eram exatamente seguras — viraram um palco de terror para quem não tem onde se esconder. A PM aumentou o patrulhamento, mas a sensação de insegurança já se espalhou como rastro de pólvora.
A verdade é que casos como esse nos fazem questionar até que ponto nossa sociedade realmente cuida dos seus. Pessoas em situação de rua já enfrentam dificuldades inimagináveis no dia a dia — e agora ainda precisam lidar com a ameaça de violência aleatória.
Os investigadores prometem respostas. A população espera por justiça. E as vítimas? Bem, essas tentam sobreviver mais um dia numa cidade que parece ter virado as costas para elas.