
O senador Davi Alcolumbre (União-AP) resolveu botar o pé no acelerador — e não é pouco. Nesta quarta-feira (21), ele formalizou um pedido que promete agitar os corredores do Senado: a criação de uma CPI específica para apurar a adultização e sexualização de crianças e adolescentes no Brasil.
Parece coisa de outro mundo, mas é aqui mesmo. A proposta, que já conta com assinaturas de peso de outros 26 senadores, mira investigar — e principalmente combater — situações que exponham menores a conteúdos impróprios, exploração e distorções graves de infância.
O que motivou a proposta?
Alcolumbre não veio com meias-palavras. No documento de justificativa, ele foi direto: citou casos reais, muitos deles viralizados nas redes sociais, onde crianças são incentivadas a adotar comportamentos de adulto, participam de danças sensuais, usam roupas inadequadas ou são alvo de erotização precoce.
Não é exagero. Tem coisa rolando por aí que chega a dar calafrio. E o pior: muitas vezes com o consentimento — ou até incentivo — dos próprios responsáveis.
Os objetivos da CPI
Além de mapear essas ocorrências, a comissão quer:
- Identificar possíveis falhas na legislação atual
- Avaliar a eficácia de políticas públicas de proteção
- Propor novas leis ou ajustes nas vigentes
- Responsabilizar quem permitir ou promover esse tipo de situação
Ou seja, não vai ser só investigação. A ideia é que vire ação — e rápida.
Por que isso é urgente?
Pensa bem: a infância já está sob ataque de todos os lados. Redes sociais, programas de TV, publicidade… Tudo parece conspirar para que criança vire miniadulto — cada vez mais cedo.
E os danos? Bem, não são pequenos. Trauma psicológico, distorção de identidade, vulnerabilidade a abusos… a lista é longa e assustadora.
Alcolumbre, aliás, deixou claro: “Não podemos compactuar com a violação desse direito fundamental que é o desenvolvimento saudável”.
E agora, o que esperar?
O pedido segue para a análise do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Se aprovado — e a tendência é que seja — a CPI deve começar seus trabalhos ainda este ano.
Enquanto isso, o debate esquenta. De um lado, quem defende a proteção radical da infância. De outro, quem alega que certas medidas podem cair no exagero ou na censura.
Uma coisa é certa: o tema é espinhoso, necessário e — finalmente — ganhou holofote.
Fica de olho. Esse assunto promete.