
Aconteceu de novo. E a cada vez que a notícia chega, é um soco no estômago de quem ainda acredita em humanidade. Em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, um homem com deficiência foi vítima de uma agressão que beira o inacreditável. Tudo aconteceu na última terça-feira (20), por volta das 22h, no bairro de Pitanguinha.
Segundo testemunhas — e aqui a gente sempre se pergunta: até quando? —, o homem, cuja identidade foi preservada, foi cercado por um grupo de indivíduos. Não foi um confronto, não houve discussão. Foi uma emboscada covarde, daquelas que deixam a gente sem ar.
E o pior: as armas usadas foram barras de ferro. Sim, ferro. Golpes brutais desferidos contra alguém que, pelas informações que circulam, já vivia com limitações físicas. Algo que, convenhamos, não deveria importar — nenhuma agressão é justificável —, mas que torna a cena ainda mais revoltante.
A Reação da Comunidade: Chega!
O que se viu depois foi aquilo que dá um pouco de esperança no meio de tanta escuridão. A comunidade não ficou calada. Vizinhos, familiares, pessoas comuns que disseram “basta”. Eles foram até a delegacia mais próxima, exigiram apuração, pressionaram por respostas. Alguém duvida que, sem essa mobilização, o caso poderia ser mais um enterrado na pilha de ocorrências?
“A gente não pode mais fechar os olhos”, disse uma moradora que preferiu não se identificar — e quem pode julgá-la, num contexto de medo e represália? A indignação é geral, e nas redes sociais a hashtag #JustiçaParaSimõesFilho já começa a ganhar corpo.
E Agora? O Que Dizem as Autoridades?
A Polícia Civil, através da 19ª Delegacia Territorial (DT), abriu inquérito para investigar o caso. Até agora, não há informações sobre suspeitos ou motivações — o que, convenhamos, é de deixar qualquer um frustrado. Será que ninguém viu? Ninguém sabe de nada? Ou será que o medo ainda cala bocas?
O homem foi levado para um hospital da região. Seu estado de saúde é estável, dizem os boletins oficiais. Mas e o estado emocional? E o trauma? Isso ninguém mede.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: quantos casos assim precisam acontecer até que a violência urbana deixe de ser tratada como estatística e passe a ser encarada como prioridade?
Simões Filho espera por justiça. E o Brasil — ah, o Brasil — observa mais um capítulo triste na história da violência que insiste em não dar tréguas.