
Imagine a cena: uma sala de aula, o burburinho típico de adolescentes, e de repente… pânico. Foi mais ou menos assim que um dia de estudos virou um pesadelo numa escola de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Tudo por causa de uma lapiseira. Sim, você leu direito. Um objeto banal, desses que todo aluno carrega, se tornou uma arma.
O caso, que aconteceu na última sexta-feira (23), é mais complexo do que parece. Não foi um acidente, uma brincadeira que deu errado. Foi uma agressão intencional, segundo contam. Um garoto de 13 anos, supostamente, cravar a ponta de metal do objeto na cabeça de outro estudante, também de 13. O motivo? Uma discussão besta, daquelas que sempre rolam nessa idade, mas que dessa vez escalou para algo inacreditável.
A vítima, é claro, foi levada correndo para o hospital. Felizmente, o ferimento não era profundo a ponto de causar danos neurológicos – um alívio enorme, diga-se de passagem. Mas o susto, a violência do ato, isso fica. A gente fica se perguntando: o que passa na cabeça de um adolescente para ele fazer uma coisa dessas?
O Que Leva a Isso?
O delegado Marcelo Tadeu Rabelo, que tá cuidando do caso, deu um panorama. O agressor foi levado para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de São Vicente. Lá, ele contou sua versão. Disse que a briga começou porque a vítima teria quebrado a garrafa de água dele. Coisa de criança, né? Só que a resposta foi desproporcional, completamente fora da realidade.
O adolescente que cometeu a agressão vai responder por lesão corporal. O procedimento padrão nesses casos é encaminhar tudo para a Vara da Infância e da Juventude. Aí, o juiz decide as medidas que vão ser tomadas. Pode ser desde uma advertência até algo mais sério, mas a prioridade sempre é… como dizem… socioeducativa. Tentar consertar o caminho, entender o que houve.
E as famílias? Bom, a gente imagina o desespero de ambos os lados. Dos pais do menino agredido, com o susto de ver o filho ferido. E dos pais do agressor, tentando entender como seu filho chegou a esse ponto. A escola, é claro, também entrou em modo de crise. Essas situações são um baque para toda a comunidade.
E Agora?
O caso tá sendo investigado, e o menino agressor foi liberado para os responsáveis. Ele vai responder em liberdade, mas com aquele peso nas costas. Esse tipo de episódio serve como um alerta brutal, não acha? A violência nas escolas não é um problema distante. Ela tá ali, num gesto impulsivo, num acesso de raiva que pode mudar vidas para sempre.
Fica aquele questionamento: será que as escolas tão preparadas para lidar com a explosividade das emoções adolescentes? E a gente, como sociedade, o que pode fazer para evitar que uma discussão sobre uma garrafa d'água termine com uma lapiseira cravada numa cabeça?