
A tarde desta segunda-feira (25) na BR-319, em Porto Velho, foi palco de uma cena de horror que misturou irresponsabilidade, tragédia e uma fuga desesperada. Tudo começou por volta das 16h, quando um Honda Fit prateado, pilotado por um servidor público municipal – que, diga-se de passagem, deveria dar exemplo – se transformou em um projétil desgovernado.
O motorista, que não tinha a menor condição de estar atrás de um volante, invadiu a contramão com uma audácia assustadora. O resultado? Uma colisão frontal e violenta com uma Honda Titan 160. O motociclista, um homem de 47 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu ali mesmo, no asfalto quente da rodovia.
E aqui a coisa fica ainda mais surreal. Em vez de enfrentar a consequência do seu ato monstruoso, o condutor do Fit decidiu que a melhor saída era… sumir no mato. É isso mesmo. Abandonou o carro destruído e partiu numa corrida maluca, tentando se embrenhar na vegetação às margens da pista. Uma cena de filme B, mas com um drama horrivelmente real.
O que ele não contava era com a pronta ação de outras pessoas. Testemunhas que presenciaram o acidente não pensaram duas vezes e saíram no encalço do fugitivo. Imagina a cena: um bando de gente comum, transformada em justiceira, perseguindo um homem desesperado pela mata fechada. Conseguiram imobilizá-lo até a chegada da Polícia Militar. E olha só o estado dele: cheirando forte a álcool, visivelmente alterado e, pasmem, ainda tentando inventar uma desculpa esfarrapada.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou para tomar conta do caso. No teste do etilômetro, o bafômetro acusou nada menos que 0,90 mg/L de álcool no ar alveolar – um número que grita «culpado» e está muito, muito acima do limite permitido por lei. Um escândalo completo.
O indivíduo, cuja identidade a gente ainda não pode revelar, foi levado pra a Delegacia de Flagrantes (Defla) com um belo de um prontuário: crime de trânsito com vítima fatal e embriaguez ao volante. Agora, ele responde perante a lei por uma decisão estúpida que custou uma vida e destruiu uma família. Uma lição dura, mas necessária, sobre o preço de se dirigir bêbado.