
Imagine a cena: uma carreta desgovernada, um tombamento, e o caos se instalando na BR-116, na altura de Juiz de Fora. A tragédia do acidente, por si só, já seria suficiente para arruinar a semana de qualquer um. Mas o que aconteceu depois é que mostra como a maldade humana às vezes surpreende. Enquanto o motorista — cujo nome a polícia mantém em sigilo — tentava se recompor do susto, aproveitadores viram naquela desgraça uma oportunidade de ouro. Ou melhor, de borracha.
Numa operação que misturou investigação tradicional e, quem sabe, um bocado de sorte, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) botou a mão na massa. E no pneu. Seguindo pistas que prefere não detalhar — afinal, o modus operandi é segredo de justiça —, os federais chegaram a um galpão, não muito longe do local do acidente. Lá, escondidos como se fossem tesouro de pirata, estavam mais de 160 pneus. Todos eles, acreditem, furtados da carreta acidentada.
O valor do resgate? Bem, é difícil precisar — o preço de um pneu novo para veículo pesado não é brincadeira, pode chegar a milhares de reais cada um. Some isso à centena e sessenta unidades, e temos um prejuízo que deixaria qualquer empresário de cabelo em pé. Para o motorista, então, nem se fala. Era praticamente o seu ganha-pão, seu instrumento de trabalho, sumindo de forma tão vil.
O Trabalho da Polícia: Mais que Apreensão, uma Restituição
Não foi uma operação de Hollywood, com tiros e perseguição. Foi trabalho de inteligência, pura e simplesmente. A PRF agiu com uma eficiência que — vamos combinar — a gente nem sempre vê por aí. E o mais importante: conseguiram devolver a carga ao seu dono legítimo. Isso, meus amigos, é o que faz a diferença entre o caos e a ordem. A sensação de impunidade que ronda as estradas brasileiras deu, nesse caso, uma trégua.
O caso serve como um alerta — um daqueles bem sonoros — para quem trafega pela região. A BR-116, que já é conhecida por seus perigos naturais e pela alta criminalidade em alguns trechos, mostrou mais uma de suas faces. Acidentes acontecem, infelizmente. Mas que a solidariedade e o respeito ao próximo prevaleçam sobre a ganância, pelo amor de Deus! Roubar de quem já está no chão é, no mínimo, covardia.
E agora, com os pneus de volta, o motorista pode — finalmente — respirar aliviado e seguir em frente. Uma pequena vitória num mar de notícias ruins. Quem diria, hein?