
Que cena de filme! Um esportivo de luxo, daqueles que fazem cabeça virar na rua, virou cinzas numa noite no Paraná. E o plot twist? Tudo indica que quem botou fogo no brinquedo foi justamente seu dono.
O caso aconteceu em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e tá dando o que falar. O carro em questão era um Porsche 911 Carrera 4S — para quem não manja dessas coisas, estamos falando de uma máquina que custa na casa dos R$ 700 mil. Dinheiro que, convenhamos, não é pouco nem para os bolsos mais abastados.
As contradições que não fecham
O proprietário, cujo nome não foi divulgado, contou uma versão bem estranha para a Polícia Civil. Disse que estava dirigindo tranquilamente pela BR-376 quando, do nada, o carro simplesmente pegou fogo. Só que os peritos notaram um detalhe crucial: o incêndio começou em três pontos diferentes do veículo ao mesmo tempo.
Peraí, como assim? Incêndios espontâneos normalmente têm uma origem única, não é mesmo? Essa história tá com mais furos que queijo suíço.
As dívidas que pesam no bolso
Aí é que a coisa fica interessante. Ao fuçar a situação do tal Porsche, a polícia descobriu que o carro tinha uma bela dívida acumulada — nada menos que três anos de IPVA em atraso, somando aproximadamente R$ 45 mil.
Não é preciso ser um detetive para conectar os pontos: carro de luxo + dívidas pesadas + incêndio suspeito = cheiro de maracutaia. O delegado Marcelo Rocha, que comanda as investigações, foi direto ao ponto: "As características do sinistro são totalmente incompatíveis com a versão apresentada".
Traduzindo: tão tentando enrolar a gente.
O que realmente pode ter acontecido
Especialistas em investigação de sinistros apontam que esse modus operandi é clássico em casos de fraude a seguros. A lógica seria simples: com o carro destruído, o dono receberia o valor da apólice e se livraria das dívidas.
- IPVA atrasado: R$ 45 mil
- Porsche destruído: R$ 700 mil
- Ser pego tentando aplicar um golpe: não tem preço
O que muita gente não sabe é que seguradoras são experientes nesse tipo de artimanha. Elas contratam peritos especializados justamente para detectar essas "coincidências" convenientes demais.
E agora? O suposto dono-incendiário pode responder por crime de incêndio e tentativa de estelionato. Ou seja, trocou seis por meia dúzia — ou melhor, trocou um Porsche por uma encrenca das grandes.
Enquanto isso, o carrão virou pouco mais que um amontoado de metal retorcido e sonhos frustrados. Uma lição caríssima sobre como tentar enganar o sistema pode sair pela culatra — e como fogo, literalmente, queima.