
Não é todo dia que a ostentação e a tragédia se encontram de forma tão brutal — mas foi exatamente o que aconteceu no fim de tarde de sábado, 24 de agosto, em Balneário Camboriú. Um evento chique, carros de luxo alinhados, música alta… e de repente, o som dos pneus cantando no asfalto e os gritos. Uma cena que ninguém esperava testemunhar.
Um Porsche, daqueles que chama atenção até de quem está distraído, avançou sobre uma mulher que tentava atravessar a avenida. Segundo testemunhas, o carro vinha em alta velocidade — coisa de quem acha que a rua é pista de corrida. O impacto foi violento. Assustadoramente violento.
A vítima, uma mulher de 43 anos, não resistiu. Morreu ali mesmo, no asfalto, cercada por gente em pânico que minutos antes curtia um evento automotivo. O motorista, um homem de 39 anos, tentou sair do carro como se nada tivesse acontecido. Não deu tempo. Rapidamente, foi contido por populares até a chegada da Polícia Militar.
E olha, o clima não estava nada amistoso. Quem estava lá garante: o cara parecia não entender a gravidade do que fez. Ou talvez entendesse, e por isso tentou fugir da realidade — e do lugar. A PM prendeu ele no flagrante. Não tinha como escapar. Literalmente.
O que se sabe até agora sobre o caso
Algumas coisas são certas: o motorista dirigia um Porsche preto, possivelmente embriagado — pelo menos é o que o comportamento dele e o cheiro dentro do carro sugeriam. O teste do bafômetro foi recusado, claro. Coisa de quem sabe que deu mole.
A vítima, por sua vez, era uma pessoa comum, atravessando a rua num momento de distração — como todos nós fazemos. Só que dessa vez, o preço foi a vida.
O evento era privado, organizado por uma galera que curte carros importados. Nada ilegal, até aquele instante. Agora, tudo mudou. A festa virou velório, e a pista de exibição, palco de uma morte evitável.
E agora, José?
O motorista foi levado pra cadeia. Vai responder por homicídio culposo no trânsito? Talvez. Mas com a recusa do etilômetro e as testemunhas afirmando que ele acelerou demais, é bem possível que a coisa fique mais feia. Muito mais feia.
Enquanto isso, uma família chora. Uma vida foi interrompida por uma escolha irresponsável ao volante. E a pergunta que fica é: até quando? Até quando a sensação de impunidade vai falar mais alto que o bom senso?
O caso agora está com a polícia. Investigação em andamento, inquérito nas mãos do delegado. E uma cidade inteira comentando — com razão — sobre mais uma morte no trânsito que poderia ter sido evitada.