
Imagine a cena: uma noite qualquer em Uberlândia, MG. Uma mulher de 52 anos caminhava pela marginal da BR-050, no bairro Presidente Roosevelt. De repente, um Gol prata chega e... bem, o que aconteceu depois é que vai te deixar de cabelo em pé.
O motorista, um cara de 47 anos, simplesmente não parou. Seguiu viagem como se nada tivesse acontecido. Só que algo horrível tinha acontecido.
Ele atropelou e matou a mulher.
Quando a polícia conseguiu localizá-lo – e olha, não foi difícil, já que a viatura estava com o vidro quebrado e amassado – a explicação que deu foi de cair o queixo. Disse, com todas as letras, que não parou porque achou que tinha atingido um bicho. Um animal. Só isso.
Não foi um acidente qualquer
Os peritos do Instituto Criminalístico não têm dúvidas: a colisão foi violenta. Muito violenta. Tão forte que a vítima foi arremessada a uma distância considerável. A velocidade? Alta. Provavelmente altíssima.
E tem mais um detalhe sinistro. O motorista, quando finalmente foi abordado, não estava sozinho. Estava com a esposa. E ambos... cheiravam a álcool. Um cheiro forte, segundo os policiais. Isso mesmo.
Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Recusou! Um direito dele, tecnicamente. Mas que não ajuda em nada na sua imagem, convenhamos.
O que diz a lei?
O homem foi indiciado por homicídio culposo no trânsito. Soa complexo, mas é basicamente quando não há intenção de matar, mas a morte acontece por imprudência, negligência ou imperícia. A questão é: não prestar socorro agrava muito a situação. E muito mesmo.
Ele ficou à disposição da Justiça. O caso agora está nas mãos do delegado Fábio Augusto de Freitas Rezende, da Delegacia de Homicídios. A comunidade do bairro, como era de se esperar, está em choque. Revoltada. É aquela sensação de injustiça que fica no ar, sabe?
Uma vida foi interrompida de forma brutal e súbita. E a pessoa responsável pelo volante nem sequer teve o reflexo mínimo de humanidade de parar para ver o que havia acontecido. Isso corta fundo.