
Eis que a cena se desenrola numa tarde qualquer em Minas Gerais: um cidadão, todo pomposo ao volante de um carro que — pasmem — não era dele. Quando os agentes da lei o pararam, o sujeito soltou a pérola: "Mas é meu, sim! Me deram pra quitar um calote!". Tá certo, né?
Acontece que o tal veículo, um Fiat Mobi branco, estava com o lacre da violação ainda fresquinho — coisa de menos de 24 horas desde o roubo em Contagem. E o "dono", que mora em Ribeirão das Neves? Nem sequer sabia explicar direito quem teria lhe passado o carro. Conveniente, não?
A arte do desenrolo
O caso aconteceu na BR-040, altura de Pedro Leopoldo. Segundo a PRF, o homem — cujo nome não foi divulgado — supostamente recebeu o carro como pagamento de uma dívida de R$ 5 mil. Só que, veja bem:
- Não tinha contrato
- Não tinha recibo
- Não sabia o nome do "devedor"
Parece aquela velha história do "um amigo meu disse que...", só que com um carro roubado no meio. Acredita?
E agora, José?
O suposto dono alegou que o veículo estava com ele havia apenas algumas horas. Detalhe: o carro foi roubado após o dono legítimo — esse sim com documentos em dia — deixá-lo estacionado em frente à própria casa. Coincidência? A polícia não acha.
No fim das contas, o carro foi apreendido e devolvido ao verdadeiro proprietário. Já o "dono da dívida" teve que acompanhar os policiais para prestar esclarecimentos. Será que a história colou? Difícil dizer, mas a PRF já adiantou que vai investigar a fundo o caso.
Moral da história: na vida, como no trânsito, é bom ter todos os documentos em dia — principalmente quando o assunto é receber pagamento em espécie... digo, em automóveis.