A situação em Americana, no interior paulista, chegou a um ponto crítico. A prefeitura, que deveria agir, agora é cobrada — e com razão — sobre o que está fazendo de concreto para frear a expansão de pontos de droga que assombram a cidade. A pergunta que não quer calar: até quando a população precisa conviver com esse cenário de insegurança?
Um ofício urgente, enviado pela Câmara Municipal diretamente para o prefeito Chico Sardelli, joga luz sobre um problema que todo mundo vê, mas que o poder público parece relutar em encarar. O documento é claro e direto: e os bares e depósitos que funcionam como fachada para o tráfico? O que está sendo feito para investigá-los e fechá-los?
O Fantasma da 'Cracolândia Americana'
Não é exagero. A região central, especialmente nas proximidades da antiga estação ferroviária, virou palco de um drama social intenso. Um acampamento de usuários, cada vez mais visível e numeroso, se instalou por lá. E o pior? A sensação é de que a coisa só piora, dia após dia, sem uma ação efetiva para mudar o jogo.
O vereador Enio Vaccari, que protocolou a cobrança, não mediu palavras. Ele destacou a absoluta necessidade de uma operação integrada. Imaginem só: fiscais da prefeitura, guardas municipais, policiais militares e civis, todos juntos, batendo de frente com o problema. Só assim, segundo ele, para dar um basta nessa escalada.
Além da Fiscalização: O Desafio da Saúde Pública
Mas vamos combinar que fechar um bar irregular é só uma parte da solução. A outra, tão crucial quanto, é o que fazer com as pessoas que dependem dessas drogas. Onde está a rede de apoio? O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) tem condições de acolher essa galera? A pergunta fica no ar, ecoando a frustração de quem mora e trabalha na região.
Um detalhe importante: a prefeitura, por meio de sua assessoria, simplesmente não se manifestou sobre o assunto. Silêncio total. E esse vácuo de informação só alimenta a desconfiança da população. O que será que estão esperando para agir? Uma tragédia maior?
A verdade é que a bola agora está com o prefeito Chico Sardelli. A comunidade espera, ansiosamente, não por promessas, mas por ações concretas. O tempo de virar o rosto para o problema simplesmente acabou. A pressão popular está aí, e ela não vai desaparecer magicamente.
