
Enquanto os Estados Unidos registram cerca de 10 mil processos judiciais contra companhias aéreas por ano, o Brasil chega a impressionantes 500 mil ações no mesmo período — 50 vezes mais. Os dados, divulgados recentemente, mostram uma discrepância significativa entre os dois países quando o assunto é litígios envolvendo o setor aéreo.
Por que tantos processos no Brasil?
Especialistas apontam que a diferença pode ser explicada por uma combinação de fatores, incluindo a falta de eficiência na resolução de conflitos extrajudiciais, a cultura de judicialização no país e a insatisfação recorrente dos passageiros com atrasos, cancelamentos e problemas com bagagens.
Impactos para o setor aéreo
O volume excessivo de processos gera custos elevados para as companhias aéreas, que acabam repassando parte desses gastos aos consumidores por meio de tarifas mais altas. Além disso, a sobrecarga no Judiciário brasileiro também é um problema grave, com milhares de ações aguardando julgamento.
Comparação com os EUA
Nos Estados Unidos, um sistema mais eficiente de compensação e mediação reduz a necessidade de judicialização. Lá, as companhias aéreas costumam resolver a maioria das reclamações diretamente com os passageiros, sem a necessidade de ações judiciais.
Enquanto isso, no Brasil, muitos consumidores veem na Justiça a única forma de obter reparação por problemas enfrentados durante suas viagens.