Eis que a rotina do sistema de justiça mato-grossense ganhou um capítulo que, convenhamos, não surpreende tanto assim quem acompanha os noticiários locais. Um policial militar — sim, aquele que deveria zelar pela lei — acabou algemado e agora terá que responder aos autos atrás das grades.
A coisa toda começou a desandar no último sábado, mas só agora a poeira começa a baixar. O PM em questão, cujo nome ainda circula em sussurros nos corredores do tribunal, trabalhava como segurança particular de um lobista. Sim, você leu direito: um lobista.
Da farda para as sombras
O que mais choca nessa história toda — além do óbvio, claro — é a naturalidade com que as linhas entre o público e o privado foram borradas. O cara vestia a farda da corporação, mas nas horas vagas (ou nem tão vagas assim) fazia escolta particular para um profissional do lobby.
Parece roteiro de filme, mas é a pura realidade mato-grossense. A prisão em flagrante aconteceu no sábado, mas aí veio a reviravolta: a Justiça convertou aquela prisão temporária em preventiva. Traduzindo: a situação ficou bem mais séria.
O que significa essa mudança?
Para quem não é do direito, a diferença é crucial. A preventiva é mais dura, indica que há riscos concretos — de fuga, de obstrução da investigação, sei lá. O juiz não deu detalhes, mas a mensagem tá clara: a coisa é grave.
E olha, o timing não poderia ser pior para a corporação. Num momento em que a confiança na polícia já anda abalada, eis que surge um caso desses. Dá um nó no estômago, não dá?
- Policial militar atuando como segurança de lobista
- Prisão inicial ocorreu no último sábado
- Justiça converteu medida para preventiva
- Caso investigado pela Delegacia de Homicídios
O pano de fundo dessa trama toda ainda está sendo costurado pela Delegacia de Homicídios — o que, convenhamos, só aumenta o suspense. Que história é essa que envolve um PM, um lobista e uma investigação de homicídios?
Perguntas não faltam. Será que era apenas um bico, ou tinha algo mais por trás? O lobista em questão precisa mesmo de segurança, ou havia outros interesses nessa relação? A verdade é que, por enquanto, só sabemos mesmo o que vazou.
O que me deixa pensando é como essas coisas ainda acontecem. Todo mundo sabe que o certo é o certo, mas parece que sempre tem alguém tentando dar uma de esperto. E no final, quem se ferra é a credibilidade de uma instituição inteira.
Enquanto isso, o PM aguarda o desenrolar dos acontecimentos na cadeia. E Mato Grosso ganha mais um caso que, infelizmente, não é exceção — é sintoma.
