Operação desmonta esquema de adulteração de bebidas em Caraguatatuba: homem preso e adega interditada
Operação prende homem por adulterar bebidas em Caraguá

Era supostamente uma adega comum, dessas que você encontra em qualquer esquina. Mas a que funcionava na Rua São João, em Caraguatatuba, escondia um negócio bem diferente nas entranhas do estabelecimento. A Polícia Civil botou a boca no trombone nesta terça-feira (8) depois de uma operação que expôs uma fábrica clandestina de falsificação de bebidas alcoólicas.

Parece coisa de filme, mas é a pura realidade: o dono do lugar, um homem de 45 anos, foi preso em flagrante. A casa caiu quando os agentes descobriram que ele andava reembalando bebidas — coisa séria, mesmo — e colocando selos federais falsos nos produtos.

O que a polícia encontrou

A lista do que foi apreendido é daquelas que dão até vertigem. Os policiais levaram:

  • 115 garrafas de bebidas diversas, todas prontinhas para serem adulteradas
  • 45 garrafas de cachaça, algumas já com cara de produto "premium"
  • Rótulos falsos à beça — desses que enganam qualquer um desatento
  • Selos do Ministério da Agricultura que não valiam o papel em que estavam impressos
  • Tampinhas, cápsulas e até uma máquina seladora profissional

Não era uma operaçãozinha amadora, não. Pelo volume de material apreendido, dava pra ver que o esquema já tinha certa... experiência de mercado, digamos assim.

Risco à saúde pública

Aqui é que a coisa fica realmente preocupante. Bebida adulterada não é brincadeira — pode causar desde uma dor de cabeça daquelas até cegueira permanente ou coisa pior. Os peritos ainda vão analisar o que exatamente tinha nessas garrafas, mas a verdade é que ninguém sabe que tipo de substância estava sendo engarrafada ali.

O delegado responsável pela operação foi direto ao ponto: "Estamos falando de um crime contra a saúde pública, que coloca em risco a vida das pessoas que consomem esses produtos sem saber que são falsificados".

E pensar que tem gente que paga caro por uma bebida "de qualidade" e leva gato por lebre...

O que acontece agora

O estabelecimento foi interditado na hora — obviamente. O dono vai responder por crimes contra as relações de consumo e falsificação de selo público. Se condenado, a pena pode chegar a oito anos de cadeia.

Enquanto isso, a Polícia Civil segue investigando para descobrir se havia outros envolvidos no esquema e para onde iam essas bebidas falsificadas. Será que chegavam a bares e restaurantes da região? É o que os investigadores tentam desvendar agora.

Moral da história: na próxima vez que for comprar uma bebida, observe bem a garrafa. Às vezes, o barato pode sair caro — muito caro mesmo.