
A família de João Pedro Matos Pinto, jovem morto em uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), em 2020, está cobrando a realização de um júri popular para os policiais acusados pelo crime. O caso, que completou três anos, continua a gerar comoção e debates sobre violência policial e impunidade.
Segundo os advogados da família, o processo está parado na Justiça e não há previsão para que os agentes sejam julgados. "Estamos cansados de esperar por justiça. João Pedro tinha apenas 14 anos e foi executado dentro de casa. Queremos que a sociedade decida sobre esse crime", declarou uma das representantes da família.
Repercussão nacional
O caso ganhou destaque nacional e virou símbolo da luta contra a violência policial em comunidades pobres. Organizações de direitos humanos pressionam por uma resposta judicial rápida e transparente.
"Esse é mais um exemplo da seletividade do sistema. Se fosse um menino de classe alta, os responsáveis já estariam condenados", criticou um ativista durante protesto no centro do Rio.
O que diz a polícia?
A Polícia Civil afirmou que o inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público. Já a PM declarou que "todos os procedimentos foram seguidos conforme a lei".
Enquanto isso, a família de João Pedro segue esperando por justiça. "Não vamos desistir. Meu filho merece respeito", desabafou a mãe do adolescente.