Comandante da PM de MS é preso com maconha em casa durante operação da PF contra tráfico
Comandante da PM preso com maconha em casa em operação da PF

Eis que a realidade supera qualquer roteiro de filme policial. Numa reviravolta que deixaria qualquer cidadão de queixo caído, a Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (20) ninguém menos que um comandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul — sim, você leu direito — com maconha dentro da própria casa.

Parece piada de mau gosto, mas é a pura verdade. O oficial, cujo nome ainda não foi divulgado (surpresa, surpresa), estava com a farda moral manchada bem debaixo do próprio teto. A operação, batizada de "Pharma", mirava justamente desmantelar uma rede de tráfico de entorpecentes que, ironia das ironias, tinha um representante de alto escalão vestindo uniforme.

A coisa toda começou de madrugada, por volta das 5h, quando os federais bateram à porta do suspeito. E não é que encontraram a droga lá, tranquilona, como se fosse mais um item de decoração? A quantidade exata ainda é um mistério — a PF mantém os detalhes sob sete chaves —, mas basta existir para configurar um escândalo de proporções épicas.

O que se sabe até agora?

Além do comandante, outros cinco indivíduos foram capturados na operação. Dois deles já estavam atrás das grades, cumprindo pena por outros crimes, e agora ganharam um upgrade no currículo delinquente. Mandados de busca e apreensão foram executados em pelo menos três cidades do estado: Campo Grande, Dourados e Ponta Porã. Imagina o burburinho nos bairros.

Os investigados agora enfrentam acusações gravíssimas: associação para o tráfico e posse de drogas para venda. Se condenados, podem passar um bom tempo reeavaliando suas escolhas de vida numa cela.

E olha só que curioso: a investigação não surgiu do nada. Ela é fruto de uma delapidação lenta e constante, baseada em provas colhidas ao longo de meses. Dinheiro, escutas, vigilância… o pacote completo. Tudo coordenado pela Superintendência da PF no MS e validado pela Justiça Federal.

E as reações?

O governo do estado, através de sua assessoria, soltou um comunicado mais seco que verão no cerrado. Disseram que "tomaram ciência do fato" e que "a justiça segue seu curso". Nada de defender o comandante, nada de pedir cautela. Um silêncio que, convenhamos, fala volumes.

Já a Polícia Militar preferiu não comentar o caso — e quem pode culpá-los? É uma situação constrangedora para qualquer instituição. Um de seus líderes, teoricamente encarregado de combater o crime, sendo acusado de fazer parte dele. É de cair o queixo.

O caso escancara uma ferida que muitos preferem ignorar: a infiltração do crime dentro das próprias estruturas que deveriam nos proteger. E isso, meus amigos, é assustadoramente mais comum do que gostaríamos de admitir.