Expulsa de casa ainda na adolescência por ser uma mulher trans, ela transformou sua dor em força e hoje é uma referência na luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+ em Bauru, no interior de São Paulo.
Aos 30 anos, ela fundou uma associação que oferece acolhimento, apoio psicológico e capacitação profissional para pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade. "Quero reescrever a história para que outras pessoas não passem pelo que eu passei", afirma.
Da rejeição à transformação
Com apenas 16 anos, ela foi expulsa de casa pela família, que não aceitava sua identidade de gênero. Sem ter para onde ir, enfrentou dias difíceis nas ruas de Bauru, até encontrar abrigo em uma casa de apoio.
Essa experiência marcante a motivou a criar um espaço seguro para outras pessoas que passam por situações semelhantes. "Sabia que precisava fazer algo para mudar essa realidade", conta.
O trabalho da associação
A associação oferece diversos serviços gratuitos, incluindo:
- Acolhimento emergencial
- Apoio psicológico
- Oficinas de capacitação profissional
- Encaminhamento para serviços de saúde
- Atendimento jurídico
"Nosso objetivo é fortalecer a autoestima e a autonomia da comunidade LGBTQIA+, mostrando que todos têm direito a uma vida digna", explica a fundadora.
Impacto na comunidade
Desde sua criação, a associação já ajudou centenas de pessoas em Bauru e região. Muitos dos acolhidos conseguiram reconstruir suas vidas, encontrar emprego e até restabelecer contato com suas famílias.
"Ver a transformação na vida dessas pessoas é o que me motiva a continuar", diz emocionada. "Estamos mostrando que o amor e o respeito podem vencer o preconceito."
A iniciativa tem ganhado reconhecimento na cidade e serve de inspiração para outros municípios que buscam implementar políticas de inclusão para a população LGBTQIA+.
