Gaza: Unicef Revela Número Chocante de 64 Mil Crianças Mortas ou Feridas em Conflito
Gaza: 64 mil crianças mortas ou feridas diz Unicef

Os números são de cortar o coração. Dá até uma sensação de vazio no peito quando a gente para pra pensar no que realmente significam. O Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, soltou um balde de água fria esta semana com dados que mostram, em detalhes cruéis, o preço que as crianças estão pagando nesse conflito que parece não ter fim em Gaza.

64 mil. Parece até um número abstrato, distante, mas cada unidade representa uma vida interrompida ou marcada pra sempre pela violência. São 64 mil histórias de infância roubada, de futuros que talvez nunca existirão. A gente fica se perguntando: até quando?

O retrato de uma tragédia sem precedentes

O que mais me deixa de cabelo em pé é a escala dessa coisa toda. Segundo o relatório — que é baseado em números oficiais do Ministério da Saúde local —, estamos falando de aproximadamente 64 mil crianças e adolescentes palestinos que foram mortos ou ficaram feridos desde que o conflito escalou em outubro do ano passado.

Pensa bem nisso. É como se uma cidade inteira de crianças tivesse simplesmente desaparecido do mapa. O director-executivo do Unicef não usou meias palavras: a situação em Gaza é uma "armadilha mortal" para os mais novos. E olha que ele não está exagerando nem um pouco.

Além dos números: o que os olhos não veem

Mas os números, por mais assustadores que sejam, não contam a história completa. O que me deixa mais perturbado é pensar nas sequelas invisíveis:

  • Traumas psicológicos que vão durar gerações — essas crianças crescerão com memórias que ninguém deveria carregar
  • Famílias despedaçadas de uma forma que não tem conserto
  • Uma geração inteira que praticamente perdeu o acesso à educação e saúde básica
  • O medo constante se tornou o normal para quem mal aprendeu a andar

É de uma tristeza sem medida. A gente aqui, no conforto das nossas casas, mal consegue imaginar o que é viver com esse nível de medo e incerteza.

O sistema de saúde — ou o que restou dele

A situação nos hospitais é digna de filme de terror. Segundo o Unicef, mais de 400 estabelecimentos de saúde foram danificados ou simplesmente destruídos. Os que ainda funcionam — se é que podemos chamar aquilo de funcionamento — estão operando com equipamentos danificados, falta de energia e, o pior de tudo, sem medicamentos básicos.

Imagina ser médico e não ter o que precisa pra salvar uma criança? É uma impotência que deve doer na alma.

E tem mais: o pessoal da saúde está trabalhando até debaixo de ameaça constante de bombardeios. É heróico, mas também é desumano ter que arriscar a própria vida pra tentar salvar outras.

O que dizem as autoridades

O director regional do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África foi direto ao ponto: "As crianças em Gaza estão vivendo através de um pesadelo interminável". E completou com uma frase que ficou ecoando na minha cabeça: "Elas estão pagando o preço mais alto por um conflito que não criaram".

Não tem como discordar, né? No fim das contas, sempre são os mais vulneráveis que pagam o pato.

E agora? O que fazer?

O Unicef não se limitou a apresentar números — eles estão pedindo ação imediata. E a lista de exigências é longa:

  1. Um cessar-fogo permanente — não adianta pausa temporária, o povo precisa de paz de verdade
  2. Acesso humanitário sem restrições para que ajuda básica chegue a quem precisa
  3. Proteção incondicional de hospitais, escolas e outros lugares onde crianças devem estar seguras
  4. Libertação imediata de todos os reféns ainda mantidos em cativeiro

Mas cá entre nós — e isso é minha opinião pessoal —, enquanto os líderes mundiais ficam discutindo protocolos e estratégias políticas, crianças continuam morrendo. Às vezes me pergunto se a humanidade não perdeu um pouco da sua humanidade ao longo do caminho.

Os números do Unicef são mais do que estatísticas. São um grito de socorro que o mundo não pode — e não deve — ignorar. O que vamos contar para as gerações futuras sobre o que fizemos (ou deixamos de fazer) enquanto uma geração inteira era sacrificada?