
Uma mãe de Minas Gerais usou as redes sociais para relatar o momento de angústia que viveu após seu filho autista ser abordado por policiais militares e chegar em casa completamente traumatizado. O caso, que ocorreu na região Sul do estado, levantou discussões sobre a preparação das forças de segurança para lidar com pessoas neurodivergentes.
O relato emocionante
Em publicação viral, a mulher descreveu como a situação se desenvolveu: "Meu filho saiu para caminhar, como faz todos os dias, mas dessa vez voltou diferente. Ele estava pálido, tremendo e sem conseguir falar direito", escreveu. Segundo ela, o adolescente só conseguiu explicar horas depois que havia sido parado por PMs durante seu passeio habitual.
Falta de preparo?
O relato sugere que os agentes não identificaram características do espectro autista no jovem: "Ele tentou explicar que era autista, mas os policiais continuaram fazendo perguntas rápidas e exigindo respostas imediatas, algo extremamente difícil para ele", detalhou a mãe. Especialistas ouvidos pelo G1 destacam que pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) podem ter reações atípicas em situações de estresse.
Consequências emocionais
A família agora enfrenta as sequelas psicológicas do episódio: "Ele não quer mais sair sozinho, tem pesadelos e regrediu em comportamentos que já dominava", lamentou a mãe. O caso reacendeu o debate sobre protocolos policiais e a necessidade de treinamento específico para abordagens inclusivas.
O que diz a lei?
No Brasil, a Lei Berenice Piana (12.764/12) estabelece diretrizes para proteção dos direitos da pessoa com autismo, incluindo atendimento prioritário e capacitação de profissionais. A Polícia Militar de Minas Gerais informou que apura o caso e reforçou seu compromisso com os direitos humanos.