
Um processo judicial envolvendo a Volkswagen avança na Justiça brasileira. A ação trata de denúncias de trabalho análogo à escravidão em uma fazenda da montadora durante a década de 1970.
Segundo as alegações, trabalhadores rurais eram submetidos a condições degradantes na Fazenda Vale do Rio Cristalino, localizada no estado do Pará. A propriedade era usada pela empresa para a produção de gado.
Detalhes do caso
O Ministério Público do Trabalho (MPT) aponta que os funcionários viviam em alojamentos precários, sem acesso a água potável ou instalações sanitárias adequadas. Além disso, relatos indicam que havia vigilância armada para impedir a saída dos trabalhadores.
A ação judicial foi movida em 2020 e agora avança com novas etapas processuais. A Volkswagen nega as acusações e afirma que adquiriu a fazenda já com os trabalhadores contratados por um antigo proprietário.
Repercussão internacional
O caso ganhou destaque mundial após investigações de veículos internacionais. Documentos históricos sugerem que a montadora alemã estaria ciente das condições de trabalho na propriedade.
Especialistas em direitos humanos destacam que este pode ser um marco na responsabilização de empresas por violações ocorridas durante o regime militar no Brasil.
Próximos passos
A Justiça deve analisar novas provas e depoimentos nos próximos meses. Organizações de defesa dos direitos trabalhistas acompanham o caso com atenção, esperando que ele estabeleça precedentes importantes para situações similares.