
A noite de sábado em Salvador transformou-se em pesadelo para sete pessoas que compartilharam uma bebida que prometia diversão, mas entregou tragédia. Dois homens não resistiram aos efeitos do metanol — um veneno disfarçado de álcool — enquanto outros cinco lutam pela vida em hospitais da capital baiana.
E pensar que tudo começou como uma simples reunião entre amigos. A vítima mais jovem, um garoto de apenas 19 anos, mal podia imaginar que aqueles goles seriam seus últimos. A polícia ainda tenta desvendar de onde veio o produto fatal, mas uma coisa é certa: estava longe de ser o que prometia.
O Rastro da Tragédia
Os primeiros sinais de alerta surgiram quando as vítimas começaram a apresentar sintomas preocupantes. Náuseas violentas, tonturas incapacitantes, visão turva — o corpo humano não sabe mentir quando enfrenta um invasor tão perigoso quanto o metanol.
Os bombeiros foram acionados por volta das 23h30 de sábado, encontrando uma cena de desespero na Rua Direita da Piedade, no coração de Salvador. Sete pessoas precisando de ajuda urgente, duas já sem sinais vitais. O que deveria ser um momento de descontração tornou-se um pesadelo que nenhuma família deveria viver.
As Vítimas
João Vitor Santos Rios, apenas 19 anos, tinha toda uma vida pela frente. Ronaldo Silva de Jesus, 44 anos, deixou histórias por contar. E entre os hospitalizados, outro adolescente de 17 anos — três gerações atingidas pela mesma irresponsabilidade.
Os sobreviventes foram distribuídos entre o Hospital Geral do Estado e o Hospital Municipal, equipes médicas trabalhando contra o tempo para neutralizar os efeitos do veneno. Metanol é traiçoeiro — pode levar à cegueira, danos neurológicos permanentes e, como vimos, à morte.
O Perigo Invisível
Você já parou para pensar na procedência daquela bebida mais barata? Pois é, o caso de Salvador serve como alerta cruel. O metanol é praticamente indistinguível do etanol no sabor, mas age como um cavalo de Troia no organismo.
E o pior: não se trata de um incidente isolado. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) já vinha investigando um comércio paralelo de bebidas na região. Será que finalmente acordaremos para o perigo que circula livremente?
A Polícia Civil baiana mantém sigilo sobre detalhes da investigação, mas fontes indicam que seguem pistas concretas. Enquanto isso, famílias choram suas perdas e questionam: como algo assim ainda acontece em pleno 2025?
Um Alerta que Vem da Dor
Talvez a lição mais dura desse triste episódio seja a importância de conhecer a origem do que consumimos. Na pressa por economizar ou na simples falta de informação, abrimos portas para tragédias evitáveis.
As autoridades reforçam o apelo: desconfie de preços muito abaixo do mercado, verifique lacres e selos de autenticidade, exija nota fiscal. Pequenos cuidados que podem — literalmente — salvar vidas.
Enquanto as investigações correm, Salvador se pergunta quantos outros produtos clandestinos circulam por aí. E você, tem certeza sobre o que está bebendo?