
A polícia de Belo Horizonte conseguiu um avanço significativo no caso que chocou a capital mineira: a identificação da mãe do recém-nascido encontrado morto dentro de um saco de lixo. O trágico episódio, ocorrido na última semana, mobilizou as autoridades e revoltou a população.
Segundo fontes policiais, a mulher já foi localizada e está prestando esclarecimentos. As circunstâncias exatas que levaram à morte do bebê ainda estão sendo apuradas, mas a delegacia especializada já trabalha com a hipótese de abandono de incapaz seguido de morte.
Como o caso foi descoberto
O bebê foi encontrado por catadores de material reciclável que reviravam um contêiner de lixo em um bairro da região noroeste de BH. Ao perceberem o conteúdo do saco plástico, acionaram imediatamente a Polícia Militar.
Peritos do Instituto Médico Legal (IML) constataram que a criança era recém-nascida, mas ainda não divulgaram a causa da morte. Exames complementares estão sendo realizados para determinar se o bebê nasceu vivo e por quanto tempo sobreviveu.
Reação das autoridades
O secretário municipal de Segurança Pública se manifestou sobre o caso, classificando-o como "uma tragédia que envergonha a sociedade". Ele garantiu que todos os esforços estão sendo feitos para apurar a verdade e levar os responsáveis à Justiça.
Enquanto isso, assistentes sociais destacaram a importância de lembrar que a rede pública de saúde oferece alternativas para mulheres em situação de vulnerabilidade, incluindo o parto anônimo garantido por lei, que permite o abandono seguro de recém-nascidos em hospitais e unidades de saúde sem identificação da mãe.
Próximos passos da investigação
A polícia trabalha agora para reconstituir os últimos dias da gestação e tentar entender as motivações que levaram ao desfecho trágico. Investigadores estão colhendo imagens de câmeras de segurança da região e ouvindo possíveis testemunhas.
Caso confirmada a autoria, a mãe poderá responder por infanticídio ou homicídio, dependendo das conclusões do IML sobre o estado do bebê ao nascer. O Ministério Público já sinalizou que acompanha de perto as investigações.