Furtos em mini mercados de autoatendimento preocupam empresários em Teresina
Um problema inesperado tem afetado os mercadinhos de autoatendimento instalados em condomínios residenciais de Teresina. Empresários relatam furtos constantes que estão causando prejuízos significativos aos seus negócios.
Sistema de autoatendimento vulnerável
Os mini mercados funcionam de forma completamente autônoma, permitindo que moradores dos condomínios façam compras a qualquer hora do dia ou da noite. Para acessar as lojas, os clientes precisam realizar um cadastro prévio em um aplicativo, onde fornecem seus dados pessoais e assumem responsabilidade pelas informações inseridas.
Débora Oliveira, proprietária de uma rede desses mercadinhos na capital piauiense, explica que o sistema foi criado para oferecer praticidade com segurança. "O cliente tem a liberdade de fazer um cadastro em um aplicativo e entrar na loja. Nesse cadastro, ele vai se responsabilizar pelos dados pessoais que inseriu", detalha a empresária.
Prejuízo de R$ 7 mil com um único cliente
As câmeras de segurança instaladas nos estabelecimentos têm registrado situações preocupantes. Imagens divulgadas pela TV Clube mostram moradores pegando produtos e saindo sem realizar o pagamento. O caso mais grave envolve um mesmo cliente que voltou várias vezes ao estabelecimento e repetiu a prática criminosa, causando um prejuízo estimado em cerca de R$ 7 mil para uma das empreendedoras.
Débora Oliveira descreve o processo de monitoramento: "Eu vou ter ali uma conferência entre a venda e o momento da entrada do cliente, observando o que ele pegou de produto e o que foi pago no sistema naquele momento. Quando a gente não faz esse encontro 100%, a gente identifica que houve um problema de retirada sem pagamento e entramos em contato com o cliente".
Consequências legais e administrativas
Segundo a advogada Catarina Queiroz, o furto em empreendimentos de autoatendimento é crime e possui as mesmas consequências legais do delito ocorrido em outros estabelecimentos comerciais. A síndica Lidiane Soares, responsável por condomínios que adotaram o modelo, alerta que além da responsabilização judicial, o morador que furtar o mercadinho poderá sofrer com sanções administrativas previstas nas regras do condomínio.
Os estabelecimentos mantêm avisos nos caixas orientando os clientes sobre como concluir as compras e realizar os pagamentos nas maquininhas. A empresária Débora Oliveira ressalta que o contato com o cliente é essencial para entender se houve esquecimento, problemas no momento do pagamento ou se realmente ocorreu um furto intencional.
