
Um domingo aparentemente tranquilo em São Vicente, litoral de São Paulo, transformou-se em cena de pesadelo para a vereadora Cristina dos Santos. Por volta das 18h30 de ontem, o que deveria ser apenas mais um final de tarde qualquer tornou-se um daqueles momentos que marcam a vida de qualquer pessoa.
Imagina a cena: você chega em casa depois de um dia comum, pega o celular para dar aquela olhada nas mensagens e, de repente, se vê diante de um adolescente armado. Foi exatamente isso que aconteceu com a parlamentar.
Os minutos de terror
O garoto — sim, apenas 15 anos de idade — não perdeu tempo. Aproximou-se da vereadora brandindo uma arma de fogo como se fosse um bandido experiente. "Passa tudo", exigiu ele, com uma frieza que chega a dar arrepios. Cristina, é claro, não teve alternativa senão entregar seus pertences.
Mas o pior ainda estava por vir. Mesmo após o roubo, o adolescente continuou ameaçando a vereadora com a arma. Parecia que ele não tinha pressa alguma, como se estivesse completamente consciente do terror que causava.
A sorte ao lado da lei
Felizmente — e aqui podemos respirar aliviados — a Guarda Civil Municipal (GCM) estava nas redondezas. Dois agentes que patrulhavam a região perceberam a situação suspeita e agiram rapidamente. Interceptaram o jovem ainda no local do crime.
Na revista, encontraram além da arma, os objetos roubados da vereadora. Tudo devidamente apreendido como prova.
O que me deixa pensando: o que leva um menino de 15 anos a cometer um crime tão ousado? Em plena luz do dia, contra uma autoridade pública? São questões que vão muito além deste caso específico.
As consequências
O adolescente foi levado para a Delegacia de Polícia da Juventude, onde ficou à disposição da Justiça. O caso agora segue os trâmites legais do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A arma apreendida, segundo as autoridades, era caseira. Do tipo que costuma aparecer em situações como essas — o que não diminui em nada o perigo que representava.
Cristina dos Santos, ainda abalada com o ocorrido, deve prestar depoimento nas próximas horas. Imagino o que deve passar pela cabeça de uma pessoa pública que vive para servir a comunidade e se vê vítima de tamanha violência.
Este caso serve como mais um alerta sobre a vulnerabilidade até mesmo de nossas autoridades. Se isso acontece com uma vereadora, o que dizer do cidadão comum? São Vicente, assim como tantas outras cidades brasileiras, precisa urgentemente repensar suas estratégias de segurança.