Era para ser mais um dia comum de aula. O sinal ainda não tinha tocado, os corredores estavam quase vazios — e de repente, o barulho seco de disparos cortou o silêncio da manhã. Não dá pra acreditar que coisas assim aconteçam onde nossos filhos deveriam estar seguros, né?
Naquele 14 de agosto, por volta das 7h30, um adolescente de 16 anos — vamos chamá-lo de Lucas, porque nomes têm peso — foi atingido por múltiplos tiros dentro da Escola Estadual Professor Antônio Carlos, no bairro Portal da Alegria. Sim, ironia do destino: um lugar com "alegria" no nome virou palco de horror.
Os detalhes que arrepiam
Segundo testemunhas (e aqui a voz delas treme ao contar), dois homens encapuzados invadiram o pátio como se fossem sombras. Nem deram tempo de reagir. Três, quatro, cinco estampidos — ninguém soube contar direito, o pânico apaga a memória. O garoto caiu no chão feito boneco de pano.
- Os criminosos fugiram de moto, sumindo na poeira da Rua São Pedro
- A direção da escola trancou os portões na hora, mas já era tarde
- Alunos que viram tudo estão sendo acompanhados por psicólogos
"A gente vive dizendo que violência não tem endereço fixo, mas quando ela bate na porta da escola...", suspira uma mãe que preferiu não se identificar. Ela tem razão. Esse tipo de notícia deveria vir com aviso: perigo de desesperança.
O que se sabe até agora
A polícia — que chegou em 12 minutos, segundo o relógio de um professor — trabalha com duas linhas:
- Conta de ajuste: Lucas teria tido desentendimentos com facções na região
- Caso de identidade errada: Será que miraram no aluno errado?
Enquanto isso, na sala da diretoria, a foto dele no mural de "alunos destaque" parece uma piada de mau gosto. O menino que gostava de matemática e prometia ser engenheiro virou estatística. Das piores.
Ah, e antes que eu me esqueça: o governador já soltou nota dizendo que vai "reforçar a segurança". Sabe como é, sempre tem que ter o político aparecendo depois que a casa já pegou fogo...
