Vice-prefeito de Itaúna tem salário cortado após sumiço de 20 dias e investigação por corrupção
Vice-prefeito de Itaúna tem salário suspenso

A situação em Itaúna, Minas Gerais, parece saída de um daqueles filmes políticos que a gente até acha exagerado — mas é pura realidade. O vice-prefeito da cidade, Rafael Gonçalves, simplesmente evaporou do mapa profissional. Faz mais de vinte dias que ninguém vê sua cara na prefeitura, e olha que isso não é pouco tempo, né?

Pois é, a coisa ficou séria mesmo. A Câmara Municipal, cansada de esperar por explicações que nunca chegaram, decidiu tomar uma atitude radical: cortou o salário do cara. Sim, você leu direito — sem trabalhar, sem receber. Parece justo, mas na política essas coisas raramente são tão simples.

Não é só abandono de cargo

E tem mais, viu? O problema do Rafael não se resume ao sumiço. Enquanto ele dava perdido no expediente, lá nos bastidores da justiça rola uma investigação pesada por corrupção. A Promotoria de Justiça da Comarca de Itaúna tá com um processo aberto contra ele, e a coisa não parece nada bonita.

Imagina só a cena: o sujeito some, não aparece pra cumprir suas obrigações, e ainda por cima tem essa nuvem escura de corrupção pairando sobre a cabeça. Dá pra entender a decisão da Câmara, não dá?

O que diz a lei

Agora, você deve estar se perguntando: mas pode isso? Bem, segundo o regimento interno da Casa, pode sim. Quando um servidor — e vice-prefeito é servidor público — abandona o cargo sem justificativa plausível, a suspensão do vencimento é mais do que cabível. É o mínimo, diriam alguns.

E olha que curioso: o próprio Gonçalves tinha votado a favor desse regimento quando foi aprovado. A vida prega umas ironias dessas, não prega?

O estranho é que ninguém sabe direito onde ele tá. Alguns falam que ele tá cuidando de problemas de saúde na família, outros que simplesmente decidiu largar mão do cargo. O fato é que, sem comunicação oficial, o mistério só aumenta.

E a população, o que acha?

Nas ruas de Itaúna, o assunto é praticamente o único que a gente ouve. Dá pra perceber aquele misto de indignação e, vamos combinar, uma certa satisfação por ver que alguém finalmente tá sendo responsabilizado.

"Já tava na hora", comentou uma senhora na praça central. "A gente trabalha duro todo dia e esses políticos acham que podem fazer o que querem."

Outros são mais cautelosos: "Tomara que investiguem tudo direito, porque se for verdade mesmo, que sirva de exemplo pros outros".

É aquela velha história — o povo cansa, e quando cansa, as coisas começam a mudar. Ou pelo menos é o que a gente espera.

O que vem por aí

Enquanto isso, o processo na justiça segue seu curso. A promotoria vai juntando provas, ouvindo testemunhas, tentando descobrir o que realmente aconteceu — ou melhor, o que não aconteceu, já que o principal interessado some do radar.

E a Câmara? Bem, eles já deixaram claro que não vão ficar de braços cruzados. Se o vice-prefeito não der as caras nem se explicar, outras medidas podem ser tomadas. A suspensão do salário pode ser só o começo.

O caso de Itaúna serve como um daqueles alertas — quem sabe até um espelho — para outras cidades do Brasil. Afinal, quantos casos assim não devem estar rolando por aí, sem que ninguém tome providência?

Por enquanto, a bola está com a justiça. E com o vice-prefeito, se é que ele ainda se importa com isso.