
Parece roteiro de novela, mas é a vida real na política amazonense. O vereador Carlos César Souza, daqueles que você vê nos plenários defendendo "moralidade", agora está atrás das grades — e a história tem mais reviravoltas que seriado da Netflix.
A Polícia Civil prendeu o parlamentar nesta sexta-feira (4), num daqueles operativos que faz barulho. A acusação? Rachadinha, claro. Esquema clássico de desvio de verba pública usando funcionários fantasmas. Mas calma que o plot twist vem aí.
O golpe do afilhado
Antes de ser acusado de desviar dinheiro público, Carlos César já conhecia o gosto amargo de ser vítima. Em 2022, o próprio afilhado dele — sim, aquele que deveria ser quase da família — aplicou um golpe de R$ 130 mil. Uma grana preta que sumiu da conta do vereador.
Imagina a cena: o político que hoje responde por desvio já teve seu dinheiro desviado. A vida prega umas ironias danadas, não é mesmo?
Operação fecha cerco
Os investigadores não brincam em serviço. A operação que prendeu Carlos César cumpriu três mandados de busca e apreensão. A suspeita é que ele mantinha um esquema de rachadinha usando cargos comissionados na Câmara Municipal de Manaus.
O modus operandi era típico: contratava pessoas que, na prática, não trabalhavam — ou devolviam parte dos salários. Um clássico da corrupção municipal que teima em não acabar.
E pensar que tudo isso acontece enquanto a população espera por serviços básicos... Mas isso é conversa para outro dia.
Justiça determina prisão preventiva
O juiz Rafael Almeida, da 1ª Vara de Crimes contra a Administração Pública, não teve dúvidas. Decretou prisão preventiva do vereador. Na decisão, ele destacou o risco de o parlamentar atrapalhar as investigações — que, convenhamos, é sempre uma preocupação nesses casos.
Carlos César agora responde aos crimes de peculato e organização criminosa. São acusações graves que podem render anos de reclusão.
O outro lado da moeda
Curioso notar que, em 2022, o mesmo vereador foi vítima de um crime muito parecido com o que hoje é acusado. Seu afilhado, Edson Silva, foi preso por aplicar golpes — incluindo os R$ 130 mil do padrinho político.
Na época, Carlos César até deu entrevistas se dizendo chocado com a "traição". Agora, ironicamente, está do outro lado do balcão.
Parece aquela história de quem com ferro será ferido, só que no mundo real da política brasileira.
O caso segue sob investigação, e tudo indica que novas revelações podem surgir. Enquanto isso, a população de Manaus fica se perguntando: em quem confiar?