Valdemar Costa Neto sobre prisão de deputados: "Se prender todo mundo, fecha o Congresso"
Valdemar Costa Neto: "Se prender todo mundo, fecha Congresso"

Numa manhã como qualquer outra em Brasília, o café quente escondia uma declaração que iria incendiar as redes sociais. Valdemar Costa Neto, presidente do PL – aquele partido que todo mundo conhece – soltou uma pérola durante um descontraído café da manhã com apoiadores.

E não foi qualquer comentário. A conversa rolava solta sobre aquela operação da Polícia Federal que botou atrás das grades alguns deputados federais. Aí, entre um gole e outro, Costa Neto deixou escapar: "Se prender todo mundo que merece, fecha o Congresso Nacional".

Não dá pra saber se era brincadeira, desabafo ou só mais uma das muitas tiradas que a gente ouve por esses corredores políticos. Mas o fato é que a frase ecoou rápido – muito rápido mesmo.

O contexto que muda tudo

O detalhe que muita gente está ignorando? Ele não tava fazendo um discurso formal, não. A coisa aconteceu num ambiente informal, rodeado de aliados e correligionários. Aquele tipo de situação onde as palavras saem mais soltas, menos calculadas.

E tem mais: a declaração veio justamente quando a PF realizava a Operação Ouro de Tolo, que investiga desvios milionários no Ministério dos Esportes. Um timing mais que perfeito – ou completamente inconveniente, depende de que lado você está.

As reações que não demoraram

Como era de se esperar, as redes sociais entraram em ebulição. De um lado, os que acham a frase um absurdo completo. Do outro, os que defendem que foi apenas uma "bravata machista" – como definiu um dos presentes no café.

E no meio disso tudo, uma pergunta que não quer calar: será que era mesmo uma defesa indireta dos parlamentares presos? Ou apenas mais uma daquelas frases de efeito que políticos adoram soltar?

O fato é que, intencional ou não, a declaração jogou gasolina na já conturbada relação entre o Legislativo e o Judiciário. E deixou todo mundo se perguntando: quantos mais "mereceriam" estar atrás das grades?

Uma coisa é certa: num país onde a política virou esporte nacional, declarações como essa não passam despercebidas. E o pior – ou melhor – é que elas sempre deixam mais perguntas do que respostas.