
O cenário político brasileiro parece mesmo uma novela mexicana — só que com mais reviravoltas. Na última terça-feira, a CPMI dos Atos Golpistas testemunhou mais um capítulo digno de roteiro de suspense.
O advogado Luís Cláudio de Souza e Silva, figura central nas investigações sobre supostos pagamentos irregulares à empresa do irmão de Lula, simplesmente deu um passo atrás. E que passo!
O argumento que surpreendeu a todos
Em vez do tradicional "invoco meu direito ao silêncio", o causídico apresentou um atestado médico. Sim, você leu certo. Alegou que seu estado psicológico não permitiria um depoimento — coisa que, convenhamos, é no mínimo curiosa para alguém que vive enfrentando tribunais.
O documento, assinado por uma psiquiatra de São Paulo, apontava "risco de descompensação psíquica" caso ele fosse submetido ao interrogatório. Conveniente, não?
O que está em jogo
A questão central — e aqui a coisa fica realmente interessante — gira em torno de supostos repasses da Construtora Gautama para a empresa do irmão do ex-presidente. Valores que, segundo as investigações, ultrapassariam a marca dos R$ 100 mil.
O advogado, que representava a construtora, seria justamente o elo capaz de esclarecer se havia algo de irregular nessa transação. Ou, quem sabe, confirmar que era tudo perfeitamente legal.
Mas aí vem a pergunta que não quer calar: por que tanto receio de falar?
O jogo de xadrez jurídico
Os parlamentares da comissão não engoliram a justificativa sem questionar. O vice-presidente da CPI, senador Eduardo Girão, foi direto ao ponto: "Precisamos avaliar a autenticidade e a pertinência desse atestado".
Traduzindo: será que é estratégia ou necessidade real?
O fato é que o depoimento foi adiado — mais uma vez. E o advogado ganhou tempo precioso enquanto a comissão analisa se aceita ou não a alegação médica.
O contexto que importa
Não é a primeira vez que Silva tenta escapar do depoimento. Em maio, ele já havia alegado compromissos profissionais para justificar sua ausência. Agora, a saúde entra em cena.
Enquanto isso, a oposição pressiona por respostas. Afinal, qualquer menção ao ex-presidente Lula sempre acende alertas no planalto central.
O que me faz pensar: até que ponto as testemunhas estão realmente vulneráveis ou apenas se valendo de brechas legais? Difícil dizer, mas uma coisa é certa — o espetáculo continua.
E você, leitor, o que acha disso tudo? Estratégia jurídica legítima ou manobra para adiar o inevitável? O tempo — e a CPI — dirão.