
Era um dia como qualquer outro em Cachoeira Alta, até que a Polícia Civil decidiu botar os pingos nos "is". O presidente da Câmara Municipal, cujo nome não sai da boca do povo (mas que, por questões legais, vamos chamar de "o acusado"), foi pego com a mão na massa — ou melhor, no cofre público.
R$ 180 mil. Essa é a quantia que, segundo as investigações, sumiu como mágica dos cofres municipais. E não foi truque de prestidigitação — a menos que você considere notas voando para bolsos particulares como um número de circo.
Operação foi "tiro certeiro"
A operação que desmontou o esquema foi batizada de "Farol da Colina", porque, convenhamos, quando se trata de corrupção, todo mundo precisa de um pouco de luz sobre o assunto. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos, e o presidente da Câmara agora troca o paletó e gravata por algemas e um belo par de braceletes metálicos.
Detalhe curioso: o sujeito estava tão confiante que nem se deu ao trabalho de limpar os rastros. Documentos? Espalhados. Provas? À vista de todos. Parece que acreditava mesmo na velha máxima de que "em terra de cego, quem tem um olho é rei". Só que, desta vez, a Polícia Civil estava de olhos bem abertos.
O que diz a lei (e o povo)
Enquanto isso, na cidadezinha goiana, o burburinho é grande. "Sempre soube que tinha coisa errada", comenta Dona Maria, dona de um boteco perto da prefeitura, enquanto serve um café bem carregado. "Mas ninguém falava nada, né? Medo, sabe como é."
Já o delegado responsável pela operação foi mais direto: "Quando o contribuinte paga seus impostos, espera ver o dinheiro virar asfalto, escola, posto de saúde — não mansão e carro zero para político". Palavras duras, mas necessárias.
Agora, o "ilustre" presidente responde por peculato — que, para quem não sabe, é um nome chique para "roubar dinheiro público". Se condenado, pode trocar o terno social por um uniforme listrado por um bom tempo.