
Eis que surge mais um capítulo naquela novela que parece não ter fim. A Procuradoria-Geral da República, aquela que muita gente chama só de PGR, decidiu arquivar aquela investigação toda envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o também ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto.
O assunto? Os tais atos de 7 de Setembro de 2022, lembra? Pois é, faz tempo já, mas essas coisas política têm dessas - ficam reverberando por anos.
O que exatamente estava sendo investigado?
A questão central era saber se os dois teriam, digamos, 'cutucado' as manifestações daquele dia. A suspeita era de que poderiam ter usado a máquina pública para interferir nos atos - coisa séria, né?
Mas olha só como as coisas viram: a PGR, na pessoa do subprocurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand - nome complicado esse, hein? - considerou que não havia indícios suficientes para sustentar a acusação. Na visão dele, os elementos colhidos não permitiam afirmar que houve mesmo algum crime.
E os áudios? E as mensagens?
Ah, sim, tinha todo aquele material que circulou por aí. Gravações, mensagens, o escambau. Mas segundo o entendimento da PGR, mesmo com tudo isso nas mãos, não dava pra cravar que Bolsonaro e Braga Netto tinham cruzado a linha do permitido.
É como se você visse alguém chegando perto do abismo, mas não conseguisse provar que a pessoa realmente pensou em pular. Complicado.
E agora, acabou?
Bom, pelo menos neste capítulo sim. O arquivamento significa que, a menos que surja alguma prova nova - e aí estou falando daquelas bombásticas mesmo - o caso fecha aqui.
Mas sabe como é, no mundo da política brasileira, nunca se pode dizer 'nunca'. As coisas têm um jeito estranho de ressuscitar quando a gente menos espera.
Enquanto isso, vida que segue. Bolsonaro continua sua jornada política, Braga Netto idem, e o Brasil... bem, o Brasil continua sendo o Brasil, com suas idas e vindas que às vezes mais parecem novela das nove.
Resta a pergunta que não quer calar: será que essa decisão vai acalmar os ânimos ou é só mais lenha na fogueira? O tempo - esse senhor tão sábio - nos dirá.