Eis que a coisa esquenta de vez no front político brasileiro. A Polícia Federal, num daqueles movimentos que fazem o plenário tremer, acabou de formalizar o indiciamento de Jair Bolsonaro e do deputado federal Eduardo Bolsonaro. A acusação? Ah, não é das mais leves: suspeita de interferir direta e descaradamente numa apuração super delicada que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado. Sim, você leu certo.
O caso todo remonta àquele período pós-eleições, um clima pesado que todo mundo lembra. A investigação, que rolava sob total sigilo, tentava desvendar se havia um grupo articulado tentando destabilizar as instituições e, francamente, virar o jogo de maneira ilegítima. O que a PF alega agora é que os Bolsonaros, de uma forma ou de outra, tentaram meter a colher no andamento desse processo. E olha, interferir em investigação é daquelas coisas que o código penal não perdoa.
Os Meandros da Acusação
Segundo fontes que acompanham o caso, a interferência não foi sutil. Não foi um comentário infeliz num jantar de família. A PF trabalha com a hipótese de que houve uma tentativa real de desviar o foco, pressionar investigadores ou até mesmo acessar informações sigilosas para benefício próprio. É grave pra chuchu. Tão grave que o relatório dos delegados deve seguir agora para o Ministério Público Federal, que terá a palavra final sobre oferecer ou não denúncia contra a dupla.
O Eduardo Bolsonaro, sempre tão vocal nas redes sociais, deve estar preparando algum tuíte bombástico nesse exato momento. O pai, por sua vez, segue naquele estilo mais contido publicamente, mas a defesa dele com certeza já está de pé atrás. Eles negam tudo, claro. Alegam perseguição política e mais uma tentativa de criminalizar a oposição. Mas a PF, dessa vez, parece ter juntado um quebra-cabeças considerável.
E Agora, José?
O que isso significa na prática? Bom, se o MPF resolver denunciar e a Justiça aceitar, Jair e Eduardo Bolsonaro viram formalmente réus em um processo criminal. Fora o estrago político, que é imensurável. Para um ex-presidente e um deputado que almeja cargos ainda mais altos, uma acusação dessas é como uma âncora presa no pé. O ano que vem promete, e não vai ser nada calmo.
O Brasil, mais uma vez, se vê diante de um daqueles episódios que marcam época. A polarização, que já parecia no limite, ganha um novo capítulo. De um lado, os que veem justiça finalmente sendo feita. De outro, os que gritam aos céus sobre lawfare e golpismo judicial. No centro de tudo, as instituições tentando, com muita dificuldade, trabalhar. Resta a nós, meros espectadores, tentar separar o joio do trigo em meio a tanta informação — e desinformação.
