A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um inquérito que investiga a suposta existência de uma estrutura paralela dentro da agência.
O caso, que vem ganhando destaque no cenário político, apura possíveis irregularidades no uso de ferramentas de monitoramento durante a gestão de Ramagem na Abin. As investigações sugerem que o sistema teria sido utilizado para fins políticos, violando princípios democráticos.
Detalhes do inquérito
Segundo fontes próximas ao caso, a PF identificou indícios de que a Abin teria operado um esquema paralelo durante o governo Bolsonaro, com o objetivo de monitorar adversários políticos e autoridades sem a devida autorização judicial.
Ramagem, que assumiu a direção da Abin em 2023 após indicação de Lula, está sendo investigado por sua possível participação no esquema quando ainda ocupava cargos de confiança no governo anterior.
Repercussão política
O caso já causa tensão entre os poderes, com parlamentares da base governista defendendo a investigação e oposicionistas questionando o timing das acusações. Especialistas em direito constitucional alertam para os riscos à democracia quando órgãos de inteligência são usados para fins políticos.
A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade, enquanto Ramagem ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações. O Palácio do Planalto informou que acompanha o caso, mas não comentará investigações em andamento.
